Manaus, domingo 7 de dezembro de 2025
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Câmara Federal volta a debater criação da Ufemas, que promete pesquisa e desenvolvimento no Alto Solimões

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

A criação da Universidade Federal do Médio e Alto Solimões (Ufemas), na região localizada no sudoeste do estado do Amazonas, voltou ao debate, nessa terça-feira (30), durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados. A proposta, defendida pelo deputado federal Sidney Leite (PSD-AM), prevê o desmembramento da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) para a implantação de uma nova instituição de ensino superior voltada ao fortalecimento da pesquisa, da formação de capital intelectual e do desenvolvimento econômico da região.

A audiência reuniu prefeitos de Tefé, Fonte Boa, Japurá, Uarini e Amaturá, além de representantes do Ministério da Educação e da reitora da Ufam, Tanara Lauschner. Segundo o parlamentar, a Ufemas tem caráter estratégico, com potencial para atrair pesquisadores e integrar o Brasil a países vizinhos, como Peru e Colômbia.

“Alguns municípios do Alto Solimões apresentam o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, comparável a regiões da África. Precisamos investir em educação, pesquisa e tecnologia para melhorar a qualidade de vida da população”, destacou Leite.

Para ele, a criação da universidade representa não apenas o cumprimento de um direito constitucional de acesso ao ensino público e gratuito, mas também um passo decisivo para consolidar a presença do Estado brasileiro em uma das regiões mais estratégicas do planeta.

Apoio local e impacto esperado

Em participação virtual, o prefeito de Tefé, Nicson Marreira, ressaltou os efeitos positivos da nova universidade para o interior do Amazonas.

“Com a universidade, vamos formar profissionais aqui, gerar empregos e estimular a ciência e a inovação no nosso território. Essa conquista fortalecerá a educação, a saúde, o comércio, o setor produtivo e toda a economia local”, afirmou.

A reitora da Ufam, Tanara Lauschner, reforçou que o projeto precisa de planejamento e estudos de viabilidade, mas lembrou que a ideia acompanha um processo histórico.

“Desde o início da interiorização da Ufam, a proposta era que os campi regionais se tornassem embriões para novas universidades. O Alto Solimões já tem um acúmulo de discussões que permite avançar nesse sentido”, avaliou.

Histórico e perspectivas

A proposta de criação da Ufemas não é nova: surgiu ainda no governo Michel Temer, mas acabou engavetada durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob justificativa de restrições orçamentárias. Agora, volta à pauta em sintonia com a política de expansão da educação federal defendida pelo governo Lula, que já anunciou a implantação de dois novos institutos federais em Manicoré e Santo Antônio do Içá, além da construção de um novo campus da Ufam em São Gabriel da Cachoeira.

Segundo a proposta inicial, a sede da Ufemas seria instalada em Coari e Benjamin Constant, além da previsão de criação de novos cargos.

“O presidente da República já demonstrou preocupação com a educação e reconhece a importância da universidade para o desenvolvimento da região e a integração da pesquisa na Amazônia”, afirmou Sidney Leite.

Atualmente, a Ufam mantém campus em Manaus, Coari, Humaitá, Itacoatiara, Parintins e Benjamin Constant, além de preparar a instalação de uma unidade em São Gabriel da Cachoeira.

Com a retomada da discussão, a expectativa é que o projeto avance no Congresso, consolidando uma demanda antiga do interior amazonense por mais acesso ao ensino superior público e por políticas de desenvolvimento científico voltadas à Amazônia.

 

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