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Cacique Raoni é indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2020

*Rayane Garcia – Dia a Dia On-line

O nome do Cacique Kayapó Raoni Metuktire está os 318 indicados ao Prêmio Nobel da Paz de 2020. Se for escolhido, Bepkrakti, mais conhecido por Raoni Metuktire, será o primeiro brasileiro a receber a premiação. O evento acontecerá nesta sexta-feira (9) em Oslo, na Noruega. 

Ele é reconhecido por indígenas e ribeirinhos como um dos principais representantes da luta pela preservação da floresta e dos povos amazônicos e dedicou sua vida a defesa da vida e dos territórios desses povos, são mais de 50 anos.

Raoni fez parte do grupo que garantiu que os indígenas fossem incluídos na constituição de 88 e atualmente vem fazendo uma grande campanha contra as queimadas  e o desmatamento que acontecem no Brasil, segundo ele, com o incentivo do presidente da República Jair Bolsonaro.

O cacique já reuniu com muitas lideranças mundiais para pedir ajuda na defesa do meio ambiente, como o presidente francês Emmanuel Macron e o Papa Francisco.

Cacique Raoni e o Papa Francisco

 

#RaoniNobelDaPaz2020

Na última quarta-feira, foi feita uma “Live Solidária” mediada pela atriz Lucélia Santos para pedir que o Cacique receba o prêmio e contou com personalidades e parlamentares de Brasil e de Portugal como Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Marina Silva, ex-ministra do Meio Ambiente, deputados federais como Nilto Tatto (PT), Tulio Gadêlha (PDT) e Erika Kokay (PT), artistas como Caco Ciocler, Zezé Mota, Paulo Betti e Dira Paes, além do próprio Raoni.E de Portugal, Joana Mortágua, a escritora e ativista Guadalupe Portelinha, e o cientista político Carlos Serrano, coordenador do coletivo Paulo Freire.

As campanhas iniciadas em 2019 em apoio para que Raoni retomaram em 2020 e outras lideranças indígenas já demonstraram seu apoio. 

“O cacique merece nesse 2020 ganhar o prêmio Nobel da Paz por tudo o que ele fez com esses companheiros de luta pelos nossos direitos”, disse Crisanto Xavante, presidente da federação indígena de Mato Grosso

Sônia Guajajara também vem demostrando apoio por meio da redes sociais:

Ataques do Presidente da República a Raoni

O presidente Jair Bolsonaro, em seu discurso na ONU em 2019, disse que a opinião do Cacique não representa os povos do Brasil e chegou a afirmar que “Muitas vezes alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia. Infelizmente, algumas pessoas, de dentro e de fora do Brasil, apoiadas em ONGs, teimam em tratar e manter nossos índios como verdadeiros homens das cavernas”.

Em respostas dada na entrevista feita pela folha de São Paulo, Raoni disse que “não representa eles [indígenas do país], mas eu falo em defesa dos índios brasileiros, os primeiros habitantes daqui”. “Por eles é que eu brigo. Por eles é que eu defendo a terra, a floresta, o meio ambiente, e defendo o costume deles. Eu venho falando isso muito tempo, não é só agora que eu comecei a falar. Eu venho lutando para que vocês, todos os brancos, deixarem o índio viver em paz, na terra dele, na floresta dele.”

Raoni nunca foi recebido pelo político e nem pelo até então ministro da Justiça, pasta que está vinculada à Funai, Sergio Moro.

 

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