*Da Redação Dia a Dia Notícia
Uma brasileira foi espancada por uma americana na cidade de Framingham, em Massachusetts, nos Estados Unidos, região onde moram muitos brasileiros. A agressão foi motivada por xenofobia. O caso aconteceu na noite da última quarta-feira (29). De dentro de um carro, a americana gritava para a brasileira, em outro veículo: “Volta para o seu país”.
Em seguida, ela posicionou seu carro na frente do veículo da brasileira, foi até ela e começou a agredi-la. A brasileira perdeu um dente e deslocou um braço. Segundo a vítima, a agressora tinha um canivete ou um punhal na mão.
“Eu não reagi para não perder meus direitos. Em todo tempo ela gritava que, por ser americana, nada aconteceria com ela. Eu perdi um dente e desloquei meu braço. Tenho 1,51 cm e ela 1,80 cm. Ela estava armada e filmava tudo pra uma criança ver. Eu só me defendi. Meu rosto ficou deformado”, relatou a vítima em uma rede social.
Ela foi agredida com socos na cabeça, no rosto e no estômago. No vídeo, é possível ver a brasileira abaixada ao lado de um carro, enquanto a americana, em pé, a espanca.
A agressora foi presa, passou uma noite na delegacia, pagou uma fiança de aproximadamente R$ 12,6 mil e foi liberada. Ela foi acusada formalmente por dois crimes: agressão física e agressão com arma perigosa. Segundo a polícia, a “arma perigosa” seria um molho de chaves. Para a brasileira, no entanto, se tratava de um canivete ou um punhal, como relatou em entrevista a um programa de rádio local na sexta-feira.
O momento foi filmado por diversas pessoas. Durante a agressão, a brasileira pedia, em português, para que alguém chamasse a polícia. Ela estava acompanhada de seus filhos que, segundo seu relato em uma rede social, ficaram traumatizados com a situação.
A brasileira foi encaminhada para um hospital, onde teve os ferimentos tratados. Ainda na entrevista à rádio, ela disse que segue “abalada psicologicamente” e que sente dor na costela sempre que usa o cinto de segurança do carro.
“Ninguém vem para esse lugar em busca disso e está se tornando cada vez mais recorrente”, pontuou a brasileira, se referindo a situações de violência e xenofobia na região.
