*Da Redação do Dia a Dia Notícia
Nos últimos 10 anos, o Brasil registrou 1.044 casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre crianças indígenas, com idades entre zero a 15 anos. Os dados foram divulgados pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
No caso da sífilis congênita, causada pela bactéria Treponema pallidum, a principal causa apontada pelo Ministério da Saúde é a transmissão vertical, quando a doença é transmitida de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação. De 2015 a 2024, por exemplo, a sífilis congênita não especificada foi detectada em 47 bebês com idade inferior a um ano.
A sífilis congênita pode causar parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira e alterações ósseas, de acordo com o próprio Ministério da Saúde.
A pasta destaca ainda que há uma maior identificação dessas ocorrências por causa da melhora da triagem clínica e a ampliação da oferta de testes rápidos dentro dos territórios indígenas.
Outras doenças também foram detectadas na população entre zero e 15 anos, como gonorreia e papilomavírus, o HPV.
No Brasil todo, foram registrados 13.563 casos de ISTs em populações indígenas entre 2015 e 2024. A maior incidência ocorreu entre 2017 e 2018, onde foram 2.299 casos confirmados.

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) pontua que os 34 DSEIs promovem a criação de materiais educativos a respeito das ISTs, em especial entre os meses de julho, outubro e dezembro, com campanhas vinculadas ao Ministério da Saúde.
