Manaus, sexta-feira 12 de dezembro de 2025
Pesquisar

booked.net

Brasil detectou mil casos de ISTs entre crianças indígenas desde 2015

Fernando Frazão/Agência Brasil

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

Nos últimos 10 anos, o Brasil registrou 1.044 casos de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) entre crianças indígenas, com idades entre zero a 15 anos. Os dados foram divulgados pelo Metrópoles por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

No caso da sífilis congênita, causada pela bactéria Treponema pallidum, a principal causa apontada pelo Ministério da Saúde é a transmissão vertical, quando a doença é transmitida de mãe para filho durante a gestação, parto ou amamentação. De 2015 a 2024, por exemplo, a sífilis congênita não especificada foi detectada em 47 bebês com idade inferior a um ano.

A sífilis congênita pode causar parto prematuro, malformação do feto, surdez, cegueira e alterações ósseas, de acordo com o próprio Ministério da Saúde.

A pasta destaca ainda que há uma maior identificação dessas ocorrências por causa da melhora da triagem clínica e a ampliação da oferta de testes rápidos dentro dos territórios indígenas.

Outras doenças também foram detectadas na população entre zero e 15 anos, como gonorreia e papilomavírus, o HPV.

No Brasil todo, foram registrados 13.563 casos de ISTs em populações indígenas entre 2015 e 2024. A maior incidência ocorreu entre 2017 e 2018, onde foram 2.299 casos confirmados.

A Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) pontua que os 34 DSEIs promovem a criação de materiais educativos a respeito das ISTs, em especial entre os meses de julho, outubro e dezembro, com campanhas vinculadas ao Ministério da Saúde.

O Ministério da Saúde informou que os casos de ISTs entre povos indígenas tiveram uma queda de 38% entre 2019 e 2024, saindo de 1.939 para 1.186. Neste mesmo período houve uma redução nas mortes, de 15 para 7.

A pasta pontuou ainda que a Sesai, desde 2023, reforçou o enfrentamento de ISTs, com ampliação da vacinação e oferta de testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites. “A combinação de testagem, busca ativa e sensibilização tem garantido diagnóstico precoce. Entre 2023 e 2024, o Ministério da Saúde enviou aos DSEIs, 461 mil testes para HIV, 376 mil para sífilis, 400 mil para hepatite B e quase 300 mil para hepatite C.”

*Com informações do Metrópoles

Entre no nosso Grupo no WhatsApp

Antes de ir, que tal se atualizar com as notícias mais importantes do dia? Acesse o WhatsApp do Portal Dia a Dia Notícia e acompanhe o que está acontecendo no Amazonas e no mundo com apenas um clique

Você pode escolher qualquer um dos grupos, se um grupo tiver cheio, escolha outro grupo.