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“Bolsonaro não se aproxima da coragem do meu pai”, diz Arthur Neto sobre comentário que Jair Bolsonaro teria feito

Arthur e Bolsonaro

O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, afirmou nesta quinta-feira, dia 14, que o presidente Jair Bolsonaro é corresponsável pelas mortes de Covid-19 e rebateu afirmações que o presidente da República teria feito sobre ele e seu pai durante a reunião ministerial do último de 22 de abril.

“Bolsonaro não respeita ninguém, insulta a todos e não muda”. “Eu passo o dia trabalhando, já ele bate perna. Então se tem um vagabundo aqui não sou eu não. Vagabundo é quem não faz nada. Eu é que não vejo ele trabalhando. Bolsonaro é corresponsável por essas mortes todas pela Covid-19”, afirmou Arthur.

Segundo a coluna de Matheus Leitão, da Veja, após ministros, incentivados por ele, criticarem medidas restritivas tomadas por governadores e prefeitos, Bolsonaro citou Arthur e riu ao mencionar quem é o pai do prefeito, Arthur Virgílio Filho, senador que foi perseguido e cassado pela ditadura militar (1964-1985).

O conteúdo da fala de Bolsonaro, segundo a Veja, seria o seguinte, de acordo com o relato feito à coluna:  “aquele ‘vagabundo’ do prefeito de Manaus, que está abrindo cova coletiva para enterrar gente e aumentar o índice da Covid. Vocês sabem filho de quem ele é, né?”, teria dito o presidente na reunião, rindo após fazer a pergunta retórica.

De acordo com a Veja, a coluna chegou a questionar o Palácio do Planalto sobre o teor das declarações do presidente, mas a Presidência da República não quis comentar.

A gravação da reunião é até o momento a prova mais importante do inquérito que investiga a suposta tentativa de interferência na Polícia Federal por Bolsonaro, após as denúncias do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro. Enquanto o ex-juiz quer a divulgação de todo conteúdo da gravação, integrantes do governo defendem que seja liberado apenas parte dela.

Procurado pela coluna, o prefeito Arthur Virgílio afirmou que Bolsonaro não poderia fazer a referência ao seu pai. “Não pode porque ele não se aproxima na coragem, nem na honradez do meu pai. Meu pai não se metia em rachadinha. É um exemplo. Se ele seguisse o exemplo do meu pai, o país não estaria como está agora”, afirmou, emocionado.

“O ídolo dele é o torturador [Carlos Alberto] Brilhante Ustra, de quem eu tenho nojo e asco. Bolsonaro que fique com o Ustra, enquanto eu fico com o meu pai, com Ulysses Guimarães, com tantas pessoas imoladas e que lutaram contra o regime militar. Se Bolsonaro estivesse no Exército e dessem a ele essa oportunidade, ele torturaria. Ele busca memórias que torturam. Ele é um torturador”, disse, chorando.

“Como eu trabalho e não sou vagabundo, tenho de fato enfrentado a pandemia como guerra. E na guerra a gente enterra. Não tem cova rasa. Estamos fazendo um memorial para os que tombaram por conta do vírus”, disse o prefeito de Manaus.

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