*Da Redação Dia a Dia Notícia
Após a derrubada dos sigilos dos gastos presidenciais no cartão corporativo, foi verificado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou pelo menos R$ 269,3 mil em seis visitas ao estado do Amazonas. Os maiores gastos ocorreram entre os dias 26 e 27 de novembro de 2021: R$ 68,8 mil, sendo R$ 26.164,02 no Novotel Manaus e R$ 42.658 no Restaurante Ki Sabor.
O levantamento feito pelo portal Manaus360° pontuou que não foram disponibilizadas as notas fiscais que mostrariam quais produtos foram adquiridos no cartão corporativo da presidência. Os dados revelados apontam gastos nas seis visitas realizadas por Bolsonaro ao Amazonas, entre 2019 e 2021.
Na primeira visita, ocorrida em 25 de julho de 2019, Bolsonaro participou de uma reunião do Conselho de Administração da Suframa, em Manaus. Nessa ocasião, a presidência da República gastou R$ 32,7 mil. A segunda visita ocorreu em novembro, quando foram realizados os gastos mais altos da lista, citados acima.
Em sua terceira viagem à capital amazonense, ocorrida em 23 de abril de 2021, o ex-presidente gastou R$ 41,3 mil. Na ocasião, recebeu o título de cidadão amazonense da Assembleia Legislativa (Aleam).
Em 27 de maio de 2021, Bolsonaro viajou ao município de São Gabriel da Cachoeira para inaugurar uma ponte de madeira. Os gastos no cartão corporativo foram de R$ 41,1 mil. A viagem foi cercada de polêmicas devido aos gastos totais de R$ 711 mil da comitiva presencial para inaugurar uma ponte avaliada em R$ 255 mil.
Cidade mais indígena do Brasil, São Gabriel da Cachoeira deu apenas 4.103 votos para Bolsonaro nas eleições de 2022, o equivalente a 19,36%. Lula (PT) recebeu 17.090 votos, 80,64% dos votos válidos.
Nas últimas visitas contabilizada, Bolsonaro viajou à Manaus em 18 de agosto de 2021 para participar da cerimônia de entrega do conjunto residencial Manauara II. Neste dia, o ex-presidente gastou R$ 32,4 mil. Já em 27 de outubro, Bolsonaro participou de um evento religioso e gastou R$ 52,7 mil.
O ex-presidente fez outras três visitas ao estado do Amazonas em 2022, ano eleitoral, mas os gastos não foram contabilizados no documento disponibilizado hoje.