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Bolsonaro diz que só aceitará recursos para Amazônia de países com mesmos ideais

Ontem, Mourão fez um apelo aos demais países integrantes do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para que façam investimentos na floresta
Jair Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão em solenidade no Planalto no dia 28 Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo

Um dia depois de o vice-presidente Hamilton Mourão fazer um apelo aos demais países integrantes do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) para que façam investimentos na Amazônia, o presidente Jair Bolsonaro declarou nessa terça-feira, dia 1º, que só aceitará recursos para a região de países que tenham “exatamente os mesmos ideais de democracia e liberdade”, sem citar nenhum deles. A informação foi publicada em reportagem do O Globo.

Segundo o presidente, apenas dessa forma a floresta será “de fato” integrada ao Brasil. E defendeu investimentos na região “com recursos próprios”. Alinhado ao presidente americano Donald Trump, Bolsonaro e aliados costumam ter uma posição crítica em relação à China, mas ele não citou o país asiático nesta terça-feira.

O presidente discursou no Palácio do Planalto durante lançamento do programa Norte Conectado, que busca levar conexão rápida de internet para os estados da região Norte com recursos federais. Dirigindo-se à ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, passou a falar da Amazônia:

— É dessa forma, prezada Damares, que nós vamos integrando realmente a Amazônia, com recursos próprios. E, se um dia nós precisarmos de recursos de outros países, podermos aceitá-los, mas serão de países que tenham exatamente os mesmos ideais nossos, de democracia e liberdade. Somente dessa forma é que nós poderemos dizer que a nossa Amazônia, de fato, será integrada ao nosso país.

Bolsonaro continuou dizendo que a Amazônia trata-se da “região mais rica do mundo”, que tem uma história — a “dos nossos antepassados, que lutaram bravamente para conquistá-la”.

— Se não fossem aqueles aventureiros de antigamente, lutando para ir ao oeste do Tratado de Tordesilhas, hoje não teríamos a nossa Amazônia, prezado general Girão. E nós temos a obrigação de manter essa região sob nosso comando. E é somente dessa forma, com entendimento de todos, dos Três Poderes, demais autoridades, buscando recursos, meios, se dedicando, se empenhando, que nós poderemos dizer que a Amazônia verdadeiramente é nossa — concluiu.

Mourão, que estava no evento, sentado ao lado de Bolsonaro, não discursou. No comando do Conselho Nacional da Amazônia Legal, o vice-presidente recebeu em julho uma carta de empresários que cobravam ações efetivas do governo federal para reduzir o desmatamento na região.

Em fórum sobre o Brics, organizado pela BandNews na véspera, Mourão defendeu que o desenvolvimento da região amazônica passa pela bioeconomia, atividade de exploração social e ambientalmente responsável, que já movimenta mais de 2 trilhões de euros.

— Então essa é a grande questão: atrairmos nossos parceiros do Brics, que possuem recursos para investirem na nossa Amazônia e, como consequência, participarem desse processo de desenvolvimento. Tenho dito que minha maior angústia é buscar esse investimento. Nos apresentarmos com confiabilidade para receber esse investimento e, obviamente, no seio dos Brics é importantíssimo que se crie esse ambiente e que se atraia o capital chinês, russo, indiano e da própria África do sul para trabalharmos juntos nessa grande tarefa — disse Mourão.

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