*Da Redação Dia a Dia Notícia
O empresário George Washington Sousa, 54, foi preso no Distrito Federal após tentar explodir um caminhão nos arredores do Aeroporto de Brasília. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), George confessou ter montado o artefato explosivo desarmado pela Polícia Militar do DF na manhã deste domingo (25/12). O explosivo estava dentro de uma caixa e conectado a um caminhão de querosene que seguiria para o aeroporto. O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB), considerou a tentativa como um “ato terrorista”.
Natural do Pará, o empresário possui licença de caçador, atirador e colecionador (CAC) e foi ao DF para participar dos atos em frente ao quartel general do Exército. George confessou que também estava planejando um atentado no dia da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A PCDF apreendeu seis explosivos em posse do empresário. O material estava num apartamento no bairro Sudoeste, área nobre de Brasília, onde George estava hospedado. A emulsão explosiva apreendida é geralmente usada em garimpos na Amazônia.
No local, os policiais também apreenderam armas e munições sem registro legal.
O delegado-geral da PCDF, Robson Cândido, afirmou que as autoridades “vão tomar todas as providências e prender qualquer um que atente contra o Estado Democrático de Direito”.
“Isso é algo que nunca existiu em Brasília e não iremos permitir esse tipo de manifestação que possa causar mal às pessoas ou ao patrimônio”, afirmou.
George Sousa será indiciado por porte e posse ilegal de armas e crime contra o Estado. Robson Cândido afirmou à imprensa que outros envolvidos devem ser presos ao longo da semana.
Ministro responde
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que os acampamentos bolsonaristas “viraram incubadoras de terroristas”. Em suas redes sociais, Dino afirmou que espera resolução rápida do crime e que não haverá qualquer anistia aos envolvidos em crimes contra o Estado.
O senador eleito também propôs a criação de grupos de trabalho para coibir o terrorismo e o armamentismo irresponsável.
Irei propor que o Procurador Geral da República e o Conselho Nacional do Ministério Público constituam grupos especiais para combate ao terrorismo e ao armamentismo irresponsável. O Estado de Direito não é compatível com essas milícias políticas.
— Flávio Dino 🇧🇷 (@FlavioDino) December 25, 2022
