*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Boi-Bumbá Caprichoso anunciou, na madrugada deste domingo (19), o tema que irá conduzir o espetáculo azul e branco no Festival de Parintins 2026: “Caprichoso: brinquedo que canta seu chão.” O anúncio ocorreu durante a celebração dos 112 anos do boi, em Parintins, e emocionou a Nação Azul.
A proposta exalta o sentimento que une gerações de brincantes, artistas e torcedores em torno do boi negro de estrela azul, transformando amor em arte e devoção em cultura. Mais do que um título, o tema é uma declaração de pertencimento, que mergulha na essência emocional do Caprichoso e valoriza a história construída por mãos anônimas e consagradas — dos curumins aos mestres, dos galpões aos palcos do Bumbódromo.
Segundo o Caprichoso, a nova narrativa pretende celebrar a força simbólica do boi como expressão viva da identidade amazônica e do orgulho de Parintins. A escolha também remete à memória afetiva da brincadeira tradicional e à magia que faz do festival uma representação do povo amazônida.
Durante o evento, Cinara Carmo, doutora em Biotecnologia pela UFAM e sócia fundadora do Boi Caprichoso, destacou o caráter emocional do tema. “Trouxe na minha memória quando eu brincava aqui nesse curral, é a minha história”, disse, emocionada, lembrando o Curral Zeca Xibelão, de chão batido.
O compositor Gerlean Brasil ressaltou o potencial criativo da nova proposta. “Esse tema permite um tema leve, vai permitir uma liberdade poética para o compositor”, afirmou. Já a turismóloga Nayara Arruda avaliou que o Caprichoso surpreende mais uma vez. “Gostei porque ele traz algo diferente dos outros anos. O Caprichoso sempre inovando e fazendo a gente refletir. Sou de Manaus e vim para Parintins aos 10 anos — aqui o Caprichoso se tornou o meu brinquedo de criança.”
A brincante Leuzi Rodrigues também se identificou com o enredo. “Remete ao meu brinquedo de infância: o Boi Caprichoso.”
O anúncio foi feito por meio de uma superprodução audiovisual e levou o público às lágrimas. A apresentação celebrou a infância, a memória e o orgulho de ser Caprichoso — reafirmando a tradição do boi como símbolo de arte, fé e identidade amazônica.
