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Boate Kiss: tragédia completa 10 anos e data é marcada por vigília e pedido de justiça

Foto: Reprodução/Twitter

*Da Redação Dia a Dia Notícia 

A tragédia da boate Kiss, que aconteceu em Santa Maria (RS), completa 10 anos nesta sexta-feira (27). Para marcar a data, sobreviventes, familiares e amigos de vítimas realizaram uma vigília durante a madrugada em frente ao prédio onde a casa noturna funcionava. O incêndio que matou 242 pessoas e feriou outras 600 aconteceu no ano de 2013, durante uma festa.

Foto: Reprodução/Twitter

Além da vigília, familiares e sobreviventes caminharam pelas ruas centrais da cidade de Santa Maria. Todos vestiam roupas brancas e pediam por justiça.

Após anos de imbróglios jurídicos, em dezembro de 2021 um júri decidiu pela condenação dos quatro réus, dois proprietários da boate Kiss e dois integrantes da banda que fazia o show com fogos de artifício. Mas, em agosto do ano passado, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul atendeu aos pedidos das defesas e decidiu anular a decisão, para surpresa e revolta das famílias.

Foto: Reprodução/Twitter

Paulo Carvalho, membro da diretoria da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) e pai do jovem Rafael, que estava naquela noite na boate, diz que as famílias  que se reencontram hoje nas ruas de Santa Maria para lembrar a data não querem só resgatar o passado, mas prevenir casos similares no futuro.

“Há algumas pessoas que nos criticam, dizendo que queremos vingança, que deveríamos esquecer, deixar em paz. Mal sabem que a luta não é pelos nossos filhos. Eles não voltam. É para que não seja em vão. Para que não se repita. Para que haja punição, porque a punição traz receio e, com isso, conscientizaçã0”, disse. 

No caso da boate Kiss, fatores como a falta de sinalização de emergência, a obstrução da saída e falhas em extintores de incêndio são apontados como erros cruciais que contribuíram para o número elevado de vítimas.

Como o acidente aconteceu

Durante o show da banda Gurizada Fandagueira, o vocalista Marcelo de Jesus dos Santos, usou um sinalizador chamado sputnik, que soltou faíscas que atingiram a espuma de isolamento sonoro no teto, iniciando assim o incêndio. O fogo expeliu uma fumaça tóxica, com componentes como cianeto, causando a morte por sufocamento por boa parte das vítimas.

Além da fumaça e do fogo, a falta de ventilação no ambiente, saídas de emergência e extintores de incêndio vencidos também tornaram a fuga impossível. Outra questão foi que diversas vítimas foram impedidas de deixar o local pelos seguranças por ordem dos donos que temiam que não pagassem a conta. Por conta da negligência, os dois sócios do local também respondem pelo crime.

Dentre as quatro pessoas que foram acusadas estão, além do músico Marcelo Santos, os sócios proprietários da boate Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Lodeiro Hoffmann, e o produtor musical da banda, Luciano Augusto Bonilha Leão, que comprou os fogos de artifício.

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