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Autor de atentado em escola de SP usava máscara símbolo de grupo neonazista dos Estados Unidos

Membros da Divisão Atomwaffen nos EUA, juntamente com o ideólogo neonazista James Mason. Foto: Reprodução
*Da Redação Dia a Dia Notícia

O estudante que matou uma professora e feriu outras pessoas na manhã desta segunda-feira (27/3) em São Paulo vestia uma máscara com estampa de caveira. A vestimenta, que já foi utilizada em outros atentados no Brasil, como os de Aracruz (ES) e Suzano (SP), é marca registrada de grupos extremistas mundo afora, principalmente a Divisão Atomwaffen, grupo neonazista dos Estados Unidos que costuma recrutar jovens pela internet, principalmente em jogos on-line.

A máscara em si não é um símbolo extremista, mas foi apropriado por grupos de ódio e difundido em meios normalmente pacíficos, como o mundo dos jogos. O adereço se tornou popular entre os jogadores e é usado até por pessoas que não estão envolvidas com grupos neonazistas. Os grupos utilizam desse expediente para passar despercebidos da maioria das pessoas.

A plataforma de jogos Steam, até poucos anos atrás, hospedava um grupo com o mesmo nome dos neonazistas Atomwaffen, segundo o grupo de pesquisa VOX-Pol, que estuda a extrema-direita nos EUA.

Movimentos apontam discurso de ódio como culpado

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação (CNDE) afirmou que é preciso debater a proliferação de discursos fascistas e de ódio para conter a violência nas escolas. O movimento reúne organizações da sociedade civil e lamentou os ataques ocorridos na Escola Estadual Thomazia Montoro.

“É importante ressaltar que o aumento de ideias e comportamentos fascistas, de extrema direita entre a população, de uma cultura de ódio, xenofobia e intolerância em suas mais variadas formas, contribuem diretamente para um cenário propício a atitudes cada vez mais violentas na sociedade, seja nas escolas, ou fora delas”, destaca a análise do movimento.

Para a CNDE, o problema é complexo e não será resolvido apenas com medidas de “segurança”.

“O debate sobre a violência nas escolas não pode se limitar à segurança pública”, enfatiza o texto. “ A violência contra as escolas é reflexo de um conjunto de problemas estruturais na sociedade brasileira que têm sido amplificados por comportamentos e atitudes diametralmente opostos à construção de uma cultura de paz”, acrescenta.

O movimento cita ainda os dados do relatório Ultraconservadorismo e Extremismo de Direita entre Adolescentes e Jovens no Brasil, lançado em dezembro de 2022. O estudo aponta que ao longo dos anos 2000 ocorreram 16 ataques em escolas brasileiras que mataram 35 pessoas e deixaram 72 feridas.

 

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