O novo presidente da Assembleia Geral, o diplomata húngaro Csaba Korosi, tomou posse nesta segunda-feira (12), durante o fim na 76ª sessão do maior órgão deliberativo das Nações Unidas. A solenidade de juramento aconteceu às vésperas da abertura da 77ª sessão, que começa nesta terça-feira. O novo ciclo é marcado pelo debate de alto nível, com discursos de chefe de Estado e de Governo, a partir de 20 de setembro.
Durante o evento de troca de mandato, o secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que a nova sessão da Assembleia Geral deve servir para levar adiante o espírito de cooperação e esperança. O chefe das Nações Unidas disse que vê o caminho à frente como “desafiador e imprevisível”.
Para Guterres, o período será um teste ao sistema multilateral como nunca, e continuará medindo a coesão e a confiança entre os Estados-membros. Ele indicou haver ferramentas como diplomacia, negociação e compromisso para continuar apoiando as pessoas e comunidades que precisam em todo o mundo.
O secretário-geral declarou que é possível abrir caminho para um futuro melhor e mais pacífico para todas as pessoas. Além disso, disse crer na renovação da fé do mundo nas Nações Unidas e no sistema multilateral, que “continuam sendo a melhor esperança da humanidade”.
Fim de mandato
Em sua última sessão liderando a Assembleia Geral, o agora ex-presidente, Abdulla Shahid, relembrou os temas que definiram seu mandato. O lema foi a Presidência de Esperança, que marcou o período de pandemia de COVID-19
As prioridades foram a recuperação, a reconstrução sustentável, a resposta às necessidades do planeta, o respeito aos direitos humanos e a revitalização das Nações Unidas.
Shahid fez um chamado aos Estados-membros “a não virarem as costas aos que olham para as Nações Unidas em busca de soluções”. Ele pediu que a comunidade internacional use o organismo para estabelecer a paz e a justiça em nível global.
O ex-líder afirmou que não devemos assistir o mundo deslizar para um futuro incerto e fez um apelo para que se passe a mensagem para as novas gerações, de “que suas experiências, seu futuro e o planeta são temas para os quais vale a pena lutar”. Para Shahid, a opção pela esperança é um dever de gerações atuais e futuras.
Balanço
Em um ano, os Estados-membros da Assembleia Geral apreciaram 300 resoluções e tomaram 129 decisões. O órgão realizou 15 reuniões de alto nível. Em destaque estiveram questões como vacinas, clima, matérias-primas, migração, segurança rodoviária, turismo, segurança alimentar e situação na África.
Na 76ª Sessão da Assembleia Geral aconteceram 92 consultas intergovernamentais e reuniões informais.