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Às vésperas das eleições, Amazônia registra recorde de desmatamento e queimadas

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

A devastação na Amazônia Legal brasileira segue em ritmo acelerado. Agosto confirmou a tendência de aumento observada ao longo do ano, com mais de 1.660 km² de florestas derrubadas. Esse é o pior agregado mensal de 2022 e o terceiro pior da série histórica do Deter-B. As informações são da InfoAmazônia. 

O Deter é o programa do Inpe que auxilia o trabalho do Ibama e outros órgãos de fiscalização ambiental com a emissão de alertas de desmatamento. A ferramenta foi lançada em 2004, mas teve uma importante atualização em 2015, quando passou a se chamar Deter-B, o sistema de alertas de desmatamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve uma explosão de mais de 80% na área desflorestada em agosto de 2022. As derrubadas foram também 12% maiores que julho deste ano, até então o mais devastado do ano.

Esses números alarmantes de desmatamento em agosto coincidem com o avanço de outra prática igualmente danosa ao meio ambiente: as queimadas. Nas últimas semanas, “nuvens” de fumaça cobriram os céus da Amazônia e elevaram o nível de poluição do ar em várias cidades.

Em agosto de 2022, os satélites monitorados pelo Inpe registraram a maior quantidade de focos de calor dos últimos 12 anos para o mesmo período, com mais de 39 mil alertas nos estados da Amazônia. O número é 10% maior que o registrado em agosto do ano passado. O Pará foi o estado que mais queimou, concentrando  31,6% dos focos, seguido pelo Amazonas (20,6%) e Mato Grosso (19,5%).

De acordo com o Inpe, do total de focos (33 mil) identificados em agosto apenas no bioma Amazônia, 84% (quase 28 mil) se deram em áreas desmatadas, sendo 66.7% (22 mil) em terras recém-desflorestadas – “ainda com aquele monte de árvores no chão”, explica Sonaira Silva, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Acre (Ufac), que monitora o fogo e a poluição do ar no estado pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGama). A outra parte aconteceu em áreas de desmatamento já consolidado em pastagem ou agricultura. Foram detectados ainda mais de 3 mil focos em vegetação primária e 1,5 mil em vegetação secundária – flora que ocupa de forma natural ou estimulada o espaço físico-ecológico que foi desmatado, convertido ou degradado.

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