Final de semana chegando e é hora de aproveitar o tempo livre também para ficar em dia com as séries. Como sempre, na era do streaming há um excesso de oferta que pode nos deixar perdidos na hora de sentar e escolher algo para ver. “Já viu essa série?”, “Já assistiu ao último episódio?”.
Para te ajudar a ficar em dia com os seriados que estão sendo mais comentados ou são mais relevantes no momento, selecionamos cinco opções para você assistir.
CASO EVANDRO (GLOBOPLAY)
Demorou um pouco, mas a produção de séries de true crime deu um salto de qualidade no Brasil, seguindo exemplos de outros países como EUA. Em junho e julho, dois novos seriados do tipo fizeram sucesso. O primeiro, O Caso Evandro, segue a história cheia de reviravoltas e preconceito sobre o sumiço e morte de um garoto no Paraná. A trama foi tema de um podcast de sucesso e agora virou também livro, no que é o maior sucesso de true crime nacional até agora. A série da Globoplay usa imagens de arquivo e entrevistas com os envolvidos, incluindo os acusados, para contar, e bem, a história.
É impactante e triste, especialmente quando os envolvidos escutam pela primeira vez as fitas que mudaram a história do caso.
ERA UMA VEZ UM CRIME (NETFLIX)
Em julho, foi a vez de Era uma Vez um Crime, que fala da morte e esquartejamento de Marcos Matsunaga, um crime que chocou o Brasil em 2012. Pela primeira vez, a própria Elize Matsunaga, condenada por matar o marido, fala sobre o caso na mídia. O documentário traz também o passado de Elize, desde a infância no interior do Paraná até a vida como garota de programa para pagar a faculdade em São Paulo, quando conhece Marcos.
Não é uma série que se propõe a trazer uma grande revelação que mude a história (Elize é a assassina confessa, afinal), mas traz questionamentos sobre nossa percepção. Alguns viram romantização nessa tentativa de ir mais a fundo nos motivos de Elize e ao trazer aspectos de machismo que permearam a cobertura do caso e até o julgamento. Mas não faltam pontos de vistas, com participação de advogados da família da vítima, amigos de Marcos, promotoria, perito e delegado, além de amigos e familiares de Elize.
GOSSIP GIRL (HBO MAX)
Exibida originalmente de 2007 a 2012, Gossip Girl tratava da rivalidade entre amigas em meio à alta sociedade de Nova York, com muita briga e romance. A nova versão da série teen faz uma atualização dando ares de Geração Z à história. O elenco agora é mais diverso, as mídias sociais estão ainda mais presentes e, agora em um canal adulto, a pegação está mais no ritmo de “Elite”. O reboot encontrou uma solução interessante para trazer de volta o blog de fofoca que serviu de fio condutor à trama original, envolvendo os professores, que revelado logo de cara, ao contrário do mistério que se alongou por seis temporadas originalmente. Os docentes, aliás, são parte significativa, e por vezes problemática, da nova versão. Um deles é vivido por Tavi Gevinson, modelo e atriz que foi uma das primeiras pessoas a ser considerada uma influencer. Os episódios estão entrando semanalmente na HBO Max, com os dois primeiros já no ar.
FEEL GOOD (NETFLIX)
A sitcom semibiográfica de Mae Martin trouxe uma primeira temporada que trata das dinâmicas de gênero de uma maneira cheia de nuances, além de abordar também o vício, sexualidade e autodescoberta. Mais ambiciosa, a segunda e última temporada vai ainda mais a fundo nestes temas.
Nos seis episódios, Mae, a personagem, continua na luta contra o vício, explora os traumas de infância e encara os conflitos de ser não-binária. Apesar dos temas pesados, a série não perde a leveza, também por conta do relacionamento romântico com George. Martin tem uma voz cômica original, sem medo de encarar desconfortos. Os episódios são curtos e dá para maratonar rapidinho.
HACKS (HBO MAX)
Com 15 indicações ao Emmy 2021, Hacks é uma das melhores comédias do ano. Na série, duas humoristas de gerações diferentes vão trabalhar juntas, algo a contragosto, quando ambas vivem um momento de baixa. A veterana Deborah Vance (brilhantemente vivida por Jean Smart) faz há anos apresentações em Las Vegas, mas de repente se vê ameaçada de perder as noites principais. Já a roteirista de humor Ava (Hannah Einbinder) foi “cancelada” depois de uma piada mal recebida nas redes sociais, passando a ter dificuldade para conseguir um emprego.
O embate geracional das duas, com olhares diferentes para comédia, é bem usado para nossa diversão, fugindo de obviedades. O elenco, incluindo os coadjuvantes, está muito bem, o roteiro é ágil e consegue equilibrar o humor com os momentos mais emocionais.
*Com informações O Correio