Durante entrevista neste sábado (10), Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, ressaltou que é necessário calma para analisar os pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“O impeachment é muito mais que uma pesquisa, muito mais do que vontade da oposição, que eu nem sequer sei se quer o impeachment mesmo”, diz. “Não é o presidente da Câmara que faz o impeachment”.
Lira se refere a última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, que aponta uma maioria da população à favor da ação contra Bolsonaro. Para Lira, o Brasil “não deve se acostumar a desestabilizar a política em cada eleição”, sugerindo, inclusive, uma futura adoção do sistema parlamentarista no país.
“Nesse regime, se for o caso, é muito menos danoso que caía um primeiro-ministro do que um presidente. Quando um presidente cai, assume um vice que pode não estar alinhado com as propostas do eleito. Como alternativa, talvez isso seja mais simples”, diz.
A ideia, segundo o presidente da casa, é que, a partir de 2026, seja possível a discussão sobre uma homogeneização dos regimes políticos. Arthur encerrou enfatizando que “a Casa não tem compromisso com qualquer ruptura da democracia”.
“A Câmara, como a casa do povo, a mais aberta à democracia, está atenta a qualquer tipo de insurgência contra as instituições, a liberdade, e o que o preceito constitucional define como divisão dos poderes. A institucionalidade do Brasil não será posta em risco”, afirma.