O presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou nessa quinta-feira (20) novas restrições para tentar conter o que o governo considera a pior fase da pandemia do coronavírus no país.
As medidas mais rígidas durarão nove dias — começam neste sábado (22) e vão até 30 de maio. Entre elas, estão:
- Circulação de pessoas fica restrita: as pessoas só podem sair de casa entre 6h e 18h e apenas nas proximidades do local onde vivem e por razões de necessidade.
- Suspensão de atividades econômicas, recreativas e ecológicas.
- Todo tipo de aglomeração fica proibido.
- Comércios essenciais abrem; entrega em casa também fica permitida.
Segundo o governo, as medidas de restrição nas circulações serão impostas em locais onde o alerta epidemiológico esteja em vigor. Na prática, isso significa toda a região de Buenos Aires e mais de 100 distritos em todas as províncias, com exceção de La Rioja, informa o site Infobae, segundo o Portal G1.
Além disso, essas medidas deverão ser reimpostas no fim de semana seguinte, entre 5 e 6 de junho, nas regiões onde o contágio estiver mais crítico.
Pior fase da pandemia na Argentina
Monitoramento da Universidade Johns Hopkins mostra que a Argentina tem uma média móvel de quase 28 mil novos casos de coronavírus por dia — aumento considerável em relação aos 20 mil registros diários há duas semanas.
Além disso, por dia, morrem em média 494 pessoas por Covid-19. Ao todo, a doença matou mais de 72 mil pessoas no país.
Há uma preocupação adicional após a variante indiana do coronavírus ser detectada na Argentina. Embora os pesquisadores ainda estudem qual o impacto dessa cepa na transmissão e na letalidade, governos temem que as mutações estejam por trás da explosão de casos e mortes na Índia nas últimas semanas.