Manaus, segunda-feira 9 de junho de 2025
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Arcebispo de Manaus está na lista do Vaticano para votação do novo pontífice

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

Com o falecimento do Papa Francisco, nesta segunda-feira (21), o cardeal e arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, integra a lista de cardeais com direito a voto no Conclave, a eleição que definirá o novo líder da Igreja Católica. O processo eleitoral deve ter início em até 20 dias.

As normas da Igreja Católica estabelecem que apenas cardeais com menos de 80 anos podem participar da votação. Dos oito cardeais brasileiros, sete atendem a esse critério:

  • Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus, 74 anos.
  • Sérgio da Rocha, arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, 65 anos.
  • Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da CNBB, 64 anos.
  • Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, 75 anos.
  • Orani Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, 74 anos.
  • Paulo Cezar Costa, arcebispo de Brasília, 57 anos.
  • João Braz de Aviz, arcebispo emérito de Brasília, 77 anos.

O único cardeal brasileiro inelegível para votar é Raymundo Damasceno, arcebispo emérito de Aparecida, com 87 anos. No entanto, ele será convidado a integrar o Colégio dos Cardeais para discutir assuntos urgentes da Igreja até a eleição do novo papa. Segundo o Vaticano, um total de 138 cardeais estão aptos a votar.

De acordo com o Padre Amarildo Luciano, da paróquia Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Manaus, a Igreja entra no período de Sé Vacante, caracterizado pela vacância do trono de São Pedro. “Primeiramente, ocorre a constatação da morte. Em seguida, o governo da Igreja passa a ser exercido pelo Cardeal Camerlengo, atualmente o Cardeal Farrell, que conduzirá o funeral e convocará o próximo Conclave”, explicou o padre.

Como funciona o Conclave:

A palavra “conclave”, do latim “cum clavis”, significa “fechado à chave”. É o processo pelo qual a Igreja Católica elege o novo papa. Durante os dias de eleição, cardeais de todo o mundo permanecem isolados dentro do Vaticano, em uma área específica chamada “zona de Conclave”. Eles também fazem um juramento de sigilo absoluto sobre o processo.

Todos os cardeais eleitores ficam proibidos de qualquer comunicação com o exterior, sem acesso a telefones, jornais ou conversas com pessoas fora do Vaticano. Essas medidas visam garantir a imparcialidade da votação.

As votações ocorrem na Capela Sistina. Para ser eleito, um cardeal precisa obter dois terços dos votos, que são secretos e queimados após a contagem. Até quatro votações podem ser realizadas diariamente, duas pela manhã e duas à tarde. Se, após três dias de Conclave, nenhum papa for eleito, há uma pausa de 24 horas para orações. Outra pausa pode ser convocada após mais sete votações sem sucesso.

Caso persistam 34 votações sem consenso, os dois cardeais mais votados na última rodada disputam uma espécie de “segundo turno”, ainda exigindo dois terços dos votos para a eleição.

Uma vez eleito, o cardeal é questionado se aceita o cargo de papa e qual nome escolhe para seu pontificado. Em seguida, é conduzido à “Sala das Lágrimas” para vestir as vestes papais. Finalmente, o novo papa é anunciado à multidão reunida na Praça de São Pedro, diretamente da sacada da Basílica, com a famosa proclamação “Habemus Papam” (“Temos um Papa”).

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