*Da Redação do Dia a Dia Notícia
O Amazonas enfrenta uma estiagem histórica, e o Rio Negro, um dos principais cursos d’água da região, está sentindo os efeitos desse fenômeno. Nos últimos quatro dias, o nível do rio desceu 21 centímetros, uma medida preocupante que reflete a severidade da situação. De acordo com medições realizadas no Porto de Manaus, o nível da água era de 12,29 metros nesta segunda-feira (28), após uma série de oscilações que marcaram o mês de outubro.
No início do mês, em 9 de outubro, o Rio Negro atingiu a marca alarmante de 12,11 metros, o menor nível já registrado em 122 anos de medições na capital amazonense. Esse dado histórico destaca não apenas a gravidade da estiagem, mas também os impactos diretos que a falta de chuvas tem sobre a região.
Após a medição recorde de outubro, o rio apresentou uma leve recuperação. Entre 13 e 24 de outubro, o nível da água subiu continuamente, levando alguns especialistas a acreditarem em uma possível normalização. No entanto, a alegria foi efêmera. A partir do dia 25, o rio começou a apresentar uma nova tendência de baixa, reforçando o que se chama de “efeito repique”. Esse fenômeno se refere à situação em que um rio enche e depois volta a secar, um padrão observado frequentemente em períodos de irregularidade climática.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) atribui esse comportamento das águas à irregularidade do regime de chuvas no Amazonas.