*Da Redação Dia a Dia Notícia
Depois de sete dias, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) decidiu encerrar a greve de fome nesta quinta-feira (17), após um acordo com o presidente da Câmara de Deputados, Hugo Motta, sobre seu processo de cassação. Braga estava se alimentando de água, soro e isotônicos, e dormia nas instalações da Câmara em protesto.
O processo foi aberto depois que o psolista expulsou, aos empurrões, um integrante do ‘Movimento Brasil Livre’ que foi ao prédio da Câmara para ofendê-lo e atacar outros deputados, em abril de 2024. O pedido de cassação foi feito pelo Partido Novo.
Glauber iniciou a greve de fome horas após o Conselho de Ética da Câmara ter aprovado, por 13 votos favoráveis e cinco contrários, a representação do partido de extrema-direita contra o parlamentar, recomendando a perda do mandato. Glauber pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de o caso chegar ao Plenário da Câmara, responsável pela decisão definitiva.
Em uma publicação na rede social X, Braga publicou que “a greve de fome foi a tática mais radical em protesto ao ataque e perseguição que vem sofrendo de Arthur Lira por denunciar o Orçamento Secreto”.
Para ele, “a greve de fome cumpriu o seu papel: ampliou a denúncia da perseguição política, contribuiu para a pressão popular nas ruas e nas redes e gerou toda uma solidariedade a uma causa”.
Em seguida, disse ainda que “esse protesto acontece não só para a simples defesa de um mandato, mas também para impedir o silenciamento de quem denuncia o escândalo do Orçamento Secreto”.
A postagem continua, e o perfil de Braga diz que “cassar seu mandato seria um desrespeito ao voto popular, abrindo caminhos para ataques às liberdades democráticas”.