*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
Após o segundo turno das eleições de 2022, realizado no último dia 30 de outubro, o Partido dos Trabalhadores e o União Brasil conseguiram emplacar quatro chefes de executivo estadual cada. As legendas de centro-esquerda e direita tornaram-se os dois maiores partidos em número de governadores no país. Os governadores eleitos pelo União estão nas regiões Norte e Centro-Oeste, como o amazonense Wilson Lima, enquanto os governadores eleitos pelo PT estão exclusivamente no Nordeste, como o baiano Jerônimo Rodrigues.
Além de Wilson Lima, reeleito em segundo turno no Amazonas com 56,65% dos votos válidos, o União Brasil elegeu:
- Ronaldo Caiado, em Goiás – 51,8% no primeiro turno
- Mauro Mendes, no Mato Grosso – 68,45% no primeiro turno
- Coronel Marcos Rocha, em Rondônia – 52,47% no segundo turno
O Partido dos Trabalhadores elegeu Jerônimo Rodrigues em segundo turno na Bahia com 52,79% dos votos válidos, derrotando o candidato do União no estado, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, que recebeu 47,21% dos votos válidos. A legenda consolida 20 anos de hegemonia no estado nordestino, que já foi governado pelos petistas Jaques Wagner e Rui Costa. Além de Jerônimo, o PT elegeu:
- Elmano de Freitas, no Ceará – 54,02% no primeiro turno
- Rafael Fonteles, no Piauí – 57,17% no primeiro turno
- Fátima Bezerra, no Rio Grande do Norte – 58,31% no primeiro turno
Empate
As agremiações Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeram três governadores cada em diferentes regiões do Brasil. Após perder o governo de São Paulo ainda no primeiro turno, estado o qual governou por quase 30 anos, o PSDB conseguiu eleger os seguintes chefes estaduais:
- Eduardo Riedel, no Mato Grosso do Sul – 56,90% no segundo turno
- Raquel Lyra, em Pernambuco – 58,70% no segundo turno
- Eduardo Leite, no Rio Grande do Sul – 57,12% no segundo turno
Encolhido na Câmara, o PSB conseguiu manter o poder em três estados, perdendo apenas Pernambuco:
- Renato Casagrande, no Espírito Santo – 53,80% no segundo turno
- Carlos Brandão, no Maranhão – 51,29% no primeiro turno
- João Azevêdo, na Paraíba – 52,51% no segundo turno
Já o MDB, da ex-presidenciável Simone Tebet, elegeu dois governadores alinhados a Lula e um governador alinhado a Bolsonaro:
- Paulo Dantas, em Alagoas – 52,33% no segundo turno
- Ibaneis Rocha, no Distrito Federal – 50,30% no primeiro turno
- Helder Barbalho, no Pará – 70,41% no primeiro turno
Houve também um empate quádruplo em número de governadores entre o Partido Social Democrático (PSD), o Partido Liberal (PL), o Progressistas (PP) e o Republicanos. O PSD, do presidente do Senado Rodrigo Pacheco, reelegeu Ratinho Júnior no Paraná, ainda no primeiro turno, com 69,64% dos votos válidos, além de eleger o deputado federal Fábio Mitidieri em Sergipe no segundo turno, com 51,70% dos votos válidos.
Já o PL, do presidente Jair Bolsonaro, reelegeu Cláudio Castro no Rio de Janeiro no primeiro turno, com 58,67% dos votos válidos, enquanto elegeu o senador Jorginho Mello em Santa Catarina no segundo turno, com 70,69% dos votos válidos.
O PP, do presidente da Câmara Arthur Lira, reelegeu dois governadores: Gladson Cameli, no Acre, no primeiro turno com 56,75% dos votos válidos e Antônio Denarium, em Roraima, com 56,47% dos votos válidos.
O Republicanos conseguiu emplacar o ex-ministro Tarcísio de Freitas no estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, no segundo turno com 55,27% dos votos válidos. A legenda evangélica também reelegeu Wanderlei Barbosa para o governo do Tocantins no primeiro turno com 58,14% dos votos válidos.
Único chefe
Os partidos Solidariedade, do sindicalista Paulinho da Força, e Novo, do ex-presidenciável Felipe D’Ávila, elegeram apenas um governador cada. O Solidariedade emplacou Clécio Luís ao governo do Amapá, ainda no primeiro turno, com 53,69% dos votos válidos.
Já o Partido Novo reelegeu Romeu Zema ao governo de Minas Gerais, no primeiro turno, com 56,18% dos votos válidos.