*Da Redação Dia a Dia Notícia
Após instauração da ‘CPI da Terceirização’ para investigar contratos ligados a David Almeida (Avante) na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia (Avante), e o vereador Rodrigo Guedes (PP) se envolveram em uma discussão no plenário. Alfaia chamou Guedes de moleque e vagabundo, e a discussão ficou acalorada entre os parlamentares. Os ânimos se acalmaram após intervenção do presidente da Câmara, vereador Caio André (UB).
Eduardo Alfaia, após leitura do requerimento feita por Caio André, afirmou que o movimento é uma ação eleitoreira para denegrir a imagem de David Almeida. “Manobra política, eleitoral […] Tudo isso porque o prefeito David Almeida lidera em todas pesquisas de intenções de voto”.
O líder do prefeito na Câmara também usou o momento de sua fala para se direcionar a Rodrigo Guedes e relembrar as críticas feitas por Guedes à construção de um prédio na CMM e que custaria R$ 30 milhões.
“O vereador Caio André gastou, e foi pelo ralo, R$ 18 milhões em comunicação em um único ano. Eu lhe pergunto: o senhor comeu abiu? O senhor se silenciou. Porque metade desse prédio ele gastou”, disse Alfaia a Guedes.
Em resposta, Rodrigo Guedes disse que “quem comeu abiu” foi Eduardo Alfaia e que ele é um “passador de pano” de corrupção do prefeito David Almeida, até ser interrompido pelo líder do prefeito na Câmara.
“Vossa Excelência é um passador de pano de corrupção do prefeito David Almeida. Vossa Excelência está aqui para blindar e proteger o prefeito David Almeida, porque ele é seu chefe […] Vossa Excelência é pago por David Almeida de diversas formas […] Vossa excelência é pau mandado do prefeito David Almeida […] lave sua boca para falar de mim”, disse Guedes.
Em seguida, Eduardo Alfaia interrompeu Guedes e o chamou de moleque e vagabundo. “Você me respeite. Eu vou chamar ele de vagabundo […] Esse rapaz é um palhaço, ele que lave a boca para falar de mim”. O clima ficou acalorado entre os parlamentares até a intervenção do vereador Caio André. “Vamos manter a compostura”.
Prisão por corrupção
Eduardo Alfaia, atual líder do prefeito na CMM, já foi preso na Operação Cauxi, deflagrada pela Polícia, CGU e Ministério Público, em 2015, juntamente com o então prefeito de Iranduba, Xinaik Medeiros (PTB), por suspeita de cometer crimes de corrupção. Além de Xinaik e Alfaia, outras 18 pessoas foram acusadas da prática que gerou um prejuízo de R$ 56 milhões aos cofres públicos do município. O esquema era composto por vereadores, secretários municipais, funcionários públicos e empresários.
Em março de 2024, o ex-prefeito de Iranduba, Xinaik Silva de Medeiros, o ex-secretário de Economia e Finanças do município, David Queiroz Félix, e um grupo de dez ex-vereadores foram condenados por crimes de corrupção passiva e corrupção ativa, no âmbito da denominada “Operação Dízimo”, deflagrada em novembro de 2015 após autorização da 2ª Vara da Justiça Federal do Amazonas.
