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Após comemorações, deputados da Aleam debatem investimentos no Festival Folclórico de Parintins

Wilker Barreto e Dermilson Chagas criticaram gastos no festival, mas argumentos foram rebatidos por Tony Medeiros
Foto: Danillo Mello
*Da Redação Dia a Dia Notícia

A realização do Festival Folclórico de Parintins (distante 369 km de Manaus em linha reta), no último fim de semana, foi repercutida pelos deputados estaduais durante a Sessão Ordinária desta terça-feira (28/06), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam). Houve uma divisão das opiniões sobre os investimentos públicos na promoção da festa.

Os deputados Abdala Fraxe (Avante), Serafim Corrêa (PSB) e Tony Medeiros (PL) festejaram o retorno do Festival, após dois anos de suspensão por conta da pandemia da Covid-19 e parabenizaram o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal de Parintins pela dedicação e empenho de todos os órgãos para realizar a festa, responsável por movimentar a economia local. “Em 2019, último ano que o Festival aconteceu, foram 66 mil turistas na cidade e foram injetados mais de R$ 50 milhões na economia”, destacou o deputado Abdala Fraxe.

O deputado Tony Medeiros, falou sobre a busca dos municípios do interior amazonense por alternativas econômicas. “O Festival de Parintins representa geração de emprego, renda e dignidade para o povo parintinense”, afirmou Medeiros.

Apesar de apoiar e destacar a importância da festa tanto no aspecto financeiro quanto no cultural, visto que o Festival Folclórico de Parintins é reconhecido, desde 2018, como Patrimônio Cultural do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os deputados Wilker Barreto (Cidadania) e Dermilson Chagas (Republicanos) questionaram os investimentos do Poder Executivo na realização do evento.

“Apoio a cultura e entendo que a cultura é locomotiva da economia, mas eu não concordo com os exageros de gastos com Parintins”, disse Barreto, questionando contratos, que, na sua avaliação são desnecessários, como por exemplo o pagamento de R$ 9,4 milhões para que uma empresa seja responsável pela organização do Festival, apesar da existência da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (AmazonasTur).

Dermilson Chagas também questionou determinados gastos, e criticou que o Executivo se concentrou apenas na festa e esqueceu outras áreas, como saúde e segurança pública.

Refutando tais argumentos, o deputado Tony Medeiros disse que todo dinheiro investido era da verba destinada à cultura, conforme consta no orçamento aprovado pelo Legislativo.

 “O deputado Wilker sabe que dinheiro da saúde é da saúde, da educação é da educação e da cultura é da cultura; e não houve farra com dinheiro público”, disse Medeiros.

Segundo o parlamentar, a expectativa da AmazonasTur é de que, neste ano, o Festival de Parintins recebesse 80 mil visitantes, número que foi superado. Acredita-se que a arrecadação relativa à festa seja superior a R$ 85 milhões.

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