Diante do reajuste do preço do diesel, nesta terça-feira (28), representantes de associações de caminhoneiros afirmaram ao Metrópoles que vão debater, no dia 16 de outubro, em reunião no Rio de Janeiro, a possibilidade de uma nova paralisação em protesto contra o aumento do combustível.
De acordo com Plínio Dias, representante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas, “tudo indica” que haverá uma nova manifestação.
“O argumento está muito forte. O pessoal quer que a gente tome uma atitude. Vamos fazer uma reunião no dia 16 agora, no Rio de Janeiro, e, se for decidida uma paralisação, vamos fazer”, afirmou à reportagem.
Questionado sobre o apoio da categoria ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Plínio disse que “está cada vez mais fraco”.
“Muita gente já está com total desinteresse. Subindo combustível, sobe tudo, né? Aquele apoio de 90% da categoria chega agora a entre 20% e 30%”, opinou.
Diesel
A Petrobras anunciou, nesta terça-feira (28), que vai aumentar o preço do diesel revendido às distribuidoras. O valor médio de venda do combustível passará de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, um reajuste médio de R$ 0,25. O novo preço, que representa acréscimo de 8,89%, entrará em vigor nesta quarta-feira (29).
A empresa informou que, com a mudança, a parcela atribuída à estatal no preço pago pelos consumidores na bomba passará a ser de R$ 2,70 por litro, em média, o que corresponde a uma alta de R$ 0,22 em relação ao valor atual.
Alta esperada
Na segunda-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alertou que o preço do diesel seria reajustado. Na ocasião, o mandatário ressaltou que o combustível não registrava aumento de preço há três meses.
O último reajuste da estatal sobre o preço do diesel ocorreu em 5 de julho deste ano. À época, o preço médio de venda do combustível passou para R$ 2,81 por litro, o que significou um reajuste médio de R$ 0,10 por litro (3,7%).
*Com informações do metrópoles