*Da Redação Dia a Dia Notícia
Às vésperas de completar 71 anos de vida, a jornalista Míriam Leitão tem sofrido constantes ataques nas redes sociais. No último domingo (3), a profissional foi vítima de um comentário maldoso e insensível do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Míriam havia publicado uma coluna no Jornal O Globo dizendo que só havia uma candidatura extremista nas eleições, justamente do presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo.
Em resposta, Eduardo postou “ainda com pena da cobra”, no Twitter. O comentário fez referência à tortura que Míriam Leitão sofreu em 1972, quando foi presa durante a Ditadura Militar. Na ocasião, integrante do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), ela estava grávida e foi torturada, colocada nua em uma sala com uma jiboia.
Após diversos comentários repudiando a atitude do parlamentar, a militância bolsonarista voltou a atacar a jornalista difundido mentiras sobre a atuação dela durante período autoritário vigente no país. Uma foto da jornalista passou a circular no WhatsApp com uma mensagem falsa. O texto diz “Foto do julgamento do assalto ao Banco Banespa da Rua Iguatemi, em São Paulo, ocorrido no dia 06/Outubro/1968. A assaltante usava um revólver calibre 38 e junto com seus comparsas levaram mais de 80 mil cruzeiros, que seria equivalente a R$ 800.000. Alguém conhece a assaltante?”
A mensagem é falsa. Míriam Leitão não foi presa e nem processada por roubo a mão armada. A jornalista não participou de um assalto à agência do Banespa, 1968. Quando esse episódio ocorreu, ela tinha 15 anos e morava em Caratinga, interior de Minas Gerais. Míriam foi presa em 1972, no 38º Batalhão de Infantaria no Espírito Santo, quando tinha 19 anos.
*Com informações Metro1