O Portal da Transparência do governo federal voltou ao funcionamento normal após ficar 10 horas fora do ar entre as 22h15 terça-feira (26/1) e as 8h20 de quarta-feira (27/1). O problema ocorreu um dia após o Metrópoles divulgar dados que mostram que, no último ano, os órgãos do Executivo federal pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos.
Dentro dessas despesas, está incluso um dos assuntos mais comentados no Twitter durante essa terça-feira: o gasto de mais de R$ 15 milhões em leite condensado. Especificamente sobre o leite condensado, o valor é o equivalente a 7,2 mil latas por dia, ao custo de R$ 162 cada uma. O caso gerou revolta nas redes sociais.
Até 0h30 desta quarta-feira (27/1), o portal ainda não estava disponível. Já às 11h, o serviço havia voltado ao normal.
Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), a instabilidade ocorreu porque o portal recebeu um volume de acessos muito grande e fora do habitual na tarde de terça-feira, o que gerou uma lentidão expressiva nas consultas feitas pelos usuários.
“No início da noite, os acessos continuaram bastante elevados, o que aparentemente acabou por acarretar a instabilidade e a consequente indisponibilidade de acesso ao portal”, disse a CGU.
Painel de compras
Levantamento do (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, mostrou que, no último ano, todos os órgãos do Executivo federal pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos — um aumento de 20% em relação a 2019. Para a reportagem, foram considerados apenas os itens que somaram mais de R$ 1 milhão pagos.
Além do tradicional arroz, feijão, carne, batata frita e salada, no “carrinho” estiveram incluídos biscoitos, sorvete, massa de pastel, leite condensado — que associado ao pão forma uma das comidas favoritas do presidente — , geleia de mocotó, picolé, pão de queijo, pizza, vinho, bombom, chantilly, sagu e até chiclete.