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Apenas 3% dos ecossistemas do mundo permanecem intactos, aponta estudo

Um novo estudo apontou um dado alarmante para o futuro da biodiversidade mundial. Segundo uma análise feita por especialistas da Universidade de Cambridge, do Reino Unido, apenas 3% de todos os ecossistemas do planeta ainda estão intactos, permanecendo da mesma maneira como eram há mais de 500 anos.

O estudo foi conduzido por profissionais do Instituto de Conservação da Universidade de Cambridge. Diferente de análises anteriores sobre o mesmo tema, que se baseavam, principalmente, em imagens de satélite, a pesquisa se propôs e investigar a presença de animais nas regiões menos afetadas pela ação do homem, segundo o UOL.

Enquanto estudos anteriores avaliaram que de 20 a 40% da superfície do planeta foi pouco afetada por humanos, a análise liderada por Andrew Plumptre chegou à conclusão de que somente 2,8% da Terra ainda mantém as mesmas características quanto à biodiversidade em relação a dados comparativos do ano de 1.500.

O estudo foi publicado na revista científica Frontiers in Forests and Global Change (Fronteiras nas Florestas e Mudança Global) e não considerou apenas a região Antártica na análise.

Entre as regiões que mantêm sua biodiversidade, muitas estão em territórios de comunidades indígenas. É o caso da Terra Indígena Alto Rio Negro, que fica no estado do Amazonas. Outros exemplos de áreas intactas são territórios no Parque Nacional do Congo e o bioma Serengueti, ambos na África, regiões da Sibéria, no norte da Rússia, e o Parque Nacional Kawésqar, no sul do Chile.

A notícia ruim para a manutenção dessa biodiversidade ainda intacta é que somente 11% desses territórios estão em áreas protegidas.

3% podem virar 20%

Apesar do baixo índice de ecossistemas intactos segundo a análise, o líder do estudo aponta que ações práticas como a reintrodução de espécies de animais nativas nesses locais poderia mudar consideravelmente esse cenário.

“Pode ser possível aumentar a área ecológica intacta de volta para até 20% com reintroduções direcionadas de espécies que foram perdidas em áreas onde o impacto humano ainda é baixo, desde que as ameaças à sua sobrevivência possam ser controladas”, afirmou Plumptre ao jornal britânico The Guardian.

Ele citou como exemplo a reintrodução de lobos no Parque Nacional de Yellowstone, nos Estados Unidos.

Plumptre também lembrou que atualmente as ações da ONU (Organização das Nações Unidas) voltadas à biodiversidade se concentram em meio ambientes já degradados, mas ele vê a oportunidade de voltar a ter mais regiões intactas no planeta com a reintrodução de espécies de animais em locais com pouco degradação.

 

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