A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) pediu oficialmente proteção policial após ameaças sofridas por diretores e servidores do órgão. Os relatos de violência digital se intensificaram após a agência aprovar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos contra Covid-19.
No documento expedido pela agência, os diretores também acrescentaram a fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) na qual ele afirma que pediu, de forma extra-oficial, “o nome das pessoas que aprovaram a vacina para crianças“. O chefe do executivo federal também chamou a liberação das vacinas de “inacreditável”.
A ameaça velada de Bolsonaro fez com que o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, e os demais diretores do órgão emitissem uma nota oficial repudiando a fala do mandatário. Na nota, eles dizem que a “Anvisa está sempre pronta a atender demandas por informações, mas repudia e repele com veemência qualquer ameaça, explícita ou velada, que venha constranger, intimidar ou comprometer o livre exercício das atividades regulatórias e o sustento de nossas vidas e famílias: o nosso trabalho, que é proteger a saúde do cidadão”.
Servidores da agência também disseram que a intenção de divulgar os nomes dos envolvidos na liberação da vacinação é uma medida “abertamente fascista” e coloca em risco a integridade física dos trabalhadores.
*Com informações de Correio Braziliense e Congresso em Foco