*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso de uma injeção de prevenção contra infecções causadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids). O medicamento não será liberado imediatamente para o público. Antes, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) conduzirá um projeto piloto da injeção. O remédio chama-se Cabotegravir e funciona como uma profilaxia pré-exposição (PrEP), tendo como objetivo prevenir os efeitos do vírus HIV. A proposta é de que a injeção substitua o atual esquema de PrEP, que consiste na ingestão de dois medicamentos (tenofovir e entricitabina) diariamente.
A injeção do Cabotegravir, por outro lado, será aplicada a cada dois meses para prevenir a infeção pelo HIV. O medicamento é desenvolvido pela farmacêutica GSK, cujo nome comercial é Apretude.
O Ministério da Saúde ainda precisa avaliar se deve incorporar ou não o novo medicamento à atual estratégia de PrEP do Sistema Único de Saúde (SUS). Também não há previsão de comercialização do remédio na iniciativa privada.
É preciso destacar que o Cabotegravir não é considerado uma vacina. O remédio precisa ser continuamente aplicado no intervalo de dois meses. Caso seja interrompido, a proteção desaparece. Nas vacinas, a tendência é de que a proteção permaneça por anos, sendo atualizada somente para mutações e variantes de um vírus, como no caso das variantes delta e ômicron da Covid-19, repelidas pela atual vacina bivalente.