De acordo com ela, Fakhoury teria pedido para Fontenelle parar de se referir negativamente a Frias. Em troca, a atriz teria o projeto cultural que quisesse aprovado pelo secretário.
Frias, que se diz numa cruzada contra o uso indevido de dinheiro público na Cultura, não tem conseguido explicar alguns fatos sobre sua conduta. A coluna mostrou hoje que seu cunhado, Christiano Camatti, tem um emprego de R$ 18 mil na Embratur. Frias fez uma viagem para Nova York, ao custo de R$ 39 mil e na qual teve menos de uma agenda por dia.
Otávio Fakhoury afirmou à coluna que, ao término do programa que participou na rede Jovem Pan, questionou Antonia Fontenelle sobre as discussões públicas que ela mantinha com Mario Frias. O empresário relatou que Frias se queixava das críticas que recebia de personalidades de direita e as atribuía aos erros dessas pessoas em adequar projetos culturais aos parâmetros exigidos pela lei.
“Foi então que sugeri que ela o procurasse, por meio dos mecanismos institucionais da pasta, e apresentasse um projeto qualificável em vez de criticá-lo em público”, disse Fakhoury. “Pressupunha que Antônia tivesse algum projeto negado e que sua insatisfação com o secretário se dava por isso.”
Segundo o empresário, Antonia respondeu que não queria aprovar projetos e que tinhas outras diferenças com Frias. “Nunca mais toquei no assunto depois”, disse. Fakhoury, por fim, afirmou que jamais ofereceu “qualquer espécie de influência ou acesso direto (ou indireto) junto à estrutura governamental” e que eventuais suspeitas que pairavam sobre ele foram rechaçadas em investigações conduzidas pela Polícia Federal. Procurado pela coluna, Frias não respondeu.
*Com informações do Metrópoles