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Amazônia é o bioma com maior variedade de produtos e valor econômico, aponta IBGE

Amazônia é o bioma com maior variedade de produtos florestais não madeireiros e também aquele com maior valor econômico, apontam as Contas de Ecossistemas Produtos Florestais Não Madeireiros, pesquisas experimentais que fazem parte das Contas Econômicas Ambientais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgadas hoje, conforme a reportagem do Valor econômico.

Dos 12 produtos incluídos na pesquisa — açaí (extraído e plantado), látex coagulado (extraído e plantado), erva mate (extraída e plantada), palmito (extraído e plantado), castanha-do-pará, pequi (fruto) e amêndoa do pequi, babaçu, carnaúba em cera e pó de carnaúba, jaborandi e piaçava —, a Amazônia tem dez em seu território. O maior ganho econômico é obtido com o açaí, que sozinho teve 215,4 mil toneladas extraídas e R$ 514,2 milhões do chamado serviço de provisão em 2016, que é o valor monetário dado ao ecossistema, ou seja, estima a renda obtida a partir do recurso ambiental. O montante corresponde a 76% dos R$ 672,2 milhões do valor de todos os produtos extraídos no bioma.

Com dados para o período entre 2006 e 2016, os estudos experimentais fazem parte de uma nova fronteira na área de estatísticas para a contabilidade dos ecossistemas, que busca interligar os recursos naturais e os fluxos monetários gerados pelas atividades econômicas. A pesquisa segue na linha de mensurar o que ficou conhecido mais popularmente como “o valor da floresta em pé”, ou seja, o valor monetário do meio ambiente preservado.

O trabalho reúne especialistas das diretorias de Geociências e de Pesquisas do IBGE, a partir de uma parceria com a Organização das Nações Unidas (ONU), financiada pela União Europeia. A ideia do IBGE é avançar no debate sobre essas pesquisas, junto a pesquisadores e demais interessados da sociedade, para que sejam a base de estatísticas permanentes do instituto.

O Cerrado é o segundo bioma com maior variedade, com presença de nove dos 12 produtos incluídos na pesquisa, embora o valor correspondente seja menor, de R$ 88,8 milhões. O babaçu é o produto com maior valor econômico, de R$ 74,6 milhões. A Caatinga, por sua vez, é o terceiro bioma, com seis dos 12 produtos e valor econômico de R$ 31 milhões.

Já a Mata Atlântica não tem tanta variedade — com apenas quatro dos 12 produtos florestais não madeireiros incluídos na pesquisa —, mas obteve o segundo maior ganho econômico entre os biomas, graças à erva mate. O bioma obteve um total de R$ 497,9 milhões em serviços de provisão em 2016, dos quais R$ 398,4 milhões vieram da erva mate.

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