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Amazonas registra mais 300 queimadas em um único dia e bate novo recorde alarmante

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

O estado do Amazonas atingiu um novo recorde preocupante de queimadas, registrando mais de 300 focos de calor em um único dia. Dados do Programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), indicam que, no domingo (21), foram contabilizados 301 focos de calor em toda a região.

Esse aumento alarmante ocorre em meio a uma seca severa, considerada a maior da história do estado. Comparado ao ano anterior, quando foram registrados apenas seis focos de calor no mesmo dia, o aumento é de impressionantes 4.916%. Em 21 de julho de 2023, houve apenas seis queimadas, enquanto em 21 de julho de 2024, o número subiu para 301.

Erivaldo Cavalcanti, renomado ambientalista, explica que as queimadas se intensificam na Amazônia durante essa época do ano devido a uma combinação de fatores. “A seca extrema, aliada às práticas de desmatamento e ao uso do fogo para limpeza de áreas, cria um cenário propício para a proliferação das queimadas”, afirma Cavalcanti. Ele também destaca que as mudanças climáticas estão exacerbando esses eventos, tornando-os mais frequentes e graves.

Até o domingo (21), o Amazonas já registrou 1.407 queimadas neste mês de julho. No mesmo período do ano passado, foram 1.947 focos de calor. Somente na última semana, foram mais de 800 focos, segundo levantamento do g1. A tendência de aumento é preocupante e sugere que o número de queimadas pode superar o do ano anterior, dado que ainda há dias restantes no mês.

Entre as dez cidades com mais queimadas no país, duas estão no Amazonas. Lábrea ocupa a segunda posição, com 415 queimadas, e Apuí está na terceira, com 393 focos de calor. Ambas as cidades amazonenses só são superadas por Corumbá, no Mato Grosso do Sul, que lidera o ranking com 456 queimadas.

A situação crítica das queimadas no Amazonas ressalta a necessidade urgente de medidas eficazes de prevenção e controle. A comunidade científica, ambientalistas e autoridades locais têm alertado para a importância de políticas públicas mais rigorosas e ações concretas para combater a destruição do bioma amazônico.

O aumento das queimadas tem consequências devastadoras não apenas para o meio ambiente, mas também para a saúde das populações locais. A fumaça das queimadas piora a qualidade do ar, elevando os casos de doenças respiratórias. Além disso, a perda de vegetação afeta a biodiversidade e compromete a capacidade da Amazônia de regular o clima global, um papel crucial na mitigação das mudanças climáticas.

Erivaldo Cavalcanti enfatiza a importância de um esforço conjunto para reverter essa situação. “É fundamental que governos, organizações não governamentais, comunidades locais e a sociedade em geral se unam para a preservação da Amazônia. Precisamos de uma abordagem integrada que inclua fiscalização rigorosa, alternativas sustentáveis para as populações locais e a promoção de práticas agrícolas que não dependam do uso do fogo.”

As queimadas no Amazonas representam um desafio complexo que exige soluções urgentes e eficazes. A continuidade desse cenário pode ter consequências irreversíveis para a Amazônia e para o planeta. Portanto, é imperativo que ações sejam tomadas de imediato para proteger um dos ecossistemas mais importantes do mundo e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.

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