Em 24 horas, o Amazonas registrou mais sete novas notificações de casos de rabdomiólise, conhecida como ‘doença da urina preta’. Uma força-tarefa com especialistas está sendo montada para investigar as causas e como prevenir o surto de rabdomiólise.
A informação foi divulgada pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto – FVS-RCP/AM, nessa quarta-feira (1º), totalizando 51 casos da doença no estado, sendo 36 em Itacoatiara (com uma morte), quatro em Silves, quatro de Borba, dois em Manaus, dois em Parintins, um em Caapiranga, um em Autazes e um em Maués.
Itacoatiara, que é o município mais atingido pelo surto da doença, deve ser o primeiro a ser contemplado com as ações da equipe nesta quinta-feira (2).
A ação foi definida na manhã desta quarta-feira (1º), em uma reunião na sede da Fundação que contou com a presença de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD), Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial, conhecida desde a década de 1920. A infecção ocorre por meio da ingestão de uma toxina encontrada em peixes e crustáceos que causa lesões nos músculos e pode atingir seriamente os rins.
Sintomas
Pouco se sabe sobre a doença, mas pacientes relataram sentir incômodos, dores musculares poucas horas após o consumo de peixes ou crustáceos, dor no peito, falta de ar, sensação de dormência, náusea, tontura e fraqueza, e a urina escurecida semelhante a cor do café.