O Amazonas lidera com o maior número de casos do novo coronavírus para cada grupo de 100 mil habitantes, no país. Pelos dados, o Estado registra uma taxa de incidência da doença de 19,1, taxa superior inclusive à do Distrito Federal que está com 16,7 casos.
A taxa de São Paulo é de 14,5 e o Ceará 14,1%. Em uma semana, o Amazonas passou do quinto lugar para o primeiro lugar isolado.
Pelos dados, também aumentou taxa de letalidade. Agora, o Amazonas é o segundo com 0,7 mortes para cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para São Paulo que tem taxa de 0,9.
Há óbitos registrados em todas as unidades da Federação, menos em Tocantins. Depois de São Paulo, os Estados com maior número de mortes são Rio de Janeiro (106), Pernambuco (46), Ceará (43), Amazonas (30) e Paraná (17).
O número de casos do novo coronavírus no Amazonas subiu para 804, de acordo com atualização da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM) nesta quarta-feira (08), sendo 712 em Manaus e 92 no interior. São 168 novos casos desde a última terça-feira.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, voltou a manifestar preocupação com o avanço do novo coronavírus em Manaus. Em entrevista, ele chamou atenção para a troca de comando da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), anunciada hoje.
Mandetta disse que é preocupante a substituição na secretaria estadual considerando a situação do Amazonas em relação à pandemia de Covid-19. Ao dizer que não entraria na questão, ele alertou que o momento exige um profissional com conhecimento da realidade dos sistemas de saúde.
O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Área de Saúde do Amazonas, divulgou nota, manifestando preocupação pela mudança no comando e ao mesmo tempo, criticou a nomeação de uma pessoa de outra região do país. A nova secretária, Simone Papaiz, é de São Paulo e até semana passada, respondia pela Secretaria de Saúde do município de Bertioga.
