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Amazonas entra em “alerta roxo” após registrar números recordes de internações por Covid-19

O número de internações diárias por Covid-19 em hospitais da cidade são os maiores registrados desde o início da pandemia. Hospitais lotados, falta de leitos e o número de óbitos alertam para a nova onda da doença, que está em fase de “alerta roxa” no Amazonas, considerada uma escala muito alta de riscos. A informação foi confirmada pela diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), Rosemary Pinto, em coletiva de imprensa on-line nessa segunda-feira, dia 4.

A fase roxa é a mais grave na escala do governo do Amazonas e considera indicadores como ocupação de UTIs e número de mortes.

“Estamos em nível de alto risco e saímos da fase vermelha para a roxa. Tivemos um crescimento entre novembro e dezembro, de 120% do número de casos em Manaus, onde passamos de 1,5 mil para 3,4 mil. E um crescimento de 47% do número de casos no estado, indo de 3,6 mil em novembro para 5,4 mil no final de dezembro, atualmente com uma média móvel de 700 casos todos os dias”, pontuou.

Outras doenças também aumentaram a ocupação de leitos nos hospitais, mas que devido ao período de síndromes respiratórias, os diagnósticos podem ser parecidos aos da covid-19, é o que disse a diretora.

“Temos um período sazonal de outras síndromes respiratórias. Estamos verificando a incidência de rinovírus juntamente com sintomas da Covid, em que algumas pessoas sentem os sintomas do novo coronavírus e que podem ser diagnosticadas erroneamente com a doença errada. Nos próximos meses vamos começar a ter também a circulação de H1N1 e vírus como o da dengue, zica, rotavírus, entre outros, que podem aumentar o número de internações”, explicou.

Em Manaus, o número de pacientes internados em leitos de UTI manteve o aumento por quatro meses consecutivos. Prova disso é que, até setembro, os leitos para Covid-19 na rede pública do Estado eram 90. Mesmo com o aumento desse número para 190 leitos, ainda assim o Amazonas sofre com 91% de ocupação dessas unidades, à beira do colapso.

“Temos registrado o aumento de buscas de atendimento nas unidades de emergência e hospitalares da rede pública, com crescimento nos últimos 14 dias com 94% leitos ocupados na rede pública e 163% na rede privada. Com um crescimento de 79% de necessidade na rede pública e 113% na rede privada”, afirmou Rosemary.

Nos últimos meses, o aumento de casos resultou também no aumento de 66% na média de óbitos no Estado nos últimos 14 dias, dados são da FVS.

Em Manaus, só estão funcionando supermercados, drogarias e outros poucos serviços. Depois de decisão da Justiça, o governo decretou a paralisação das atividades não essenciais.

Boletim

Até ontem, dia 4, entre os casos confirmados de Covid-19 no Amazonas, haviam 1.126 pacientes internados, sendo 735 em leitos (242 na rede privada e 484 na rede pública), 373 em UTI (129 na rede privada e 240 na rede pública) e 18 em sala vermelha, estrutura voltada à assistência temporária para estabilização de pacientes críticos/graves para posterior encaminhamento a outros pontos da rede de atenção à saúde.

Outros 382 pacientes internados considerados suspeitos e que aguardam a confirmação do diagnóstico. Desses, 285 estão em leitos clínicos (165 na rede privada e 120 na rede pública), 75 estão em UTI (59 na rede privada e 16 na rede pública) e 22 em sala vermelha.

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