A Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (CDC/Aleam) divulgou, nesta sexta-feira (18), a lista das empresas mais reclamadas no período de fevereiro a 15 de dezembro deste ano. Detentora de 71% dos 1.187 do total de registros, a Amazonas Energia lidera o ranking de reclamações da CDC/Aleam em 2020.
A concessionária de energia é seguida pelas prestadoras de serviços Águas de Manaus e Claro/Net. Também aparecem na lista da Comissão as telefônicas Oi e Vivo e os bancos Bradesco e Santander.
De acordo com o presidente da CDC/Aleam, deputado estadual João Luiz (Republicanos), o alto número de reclamações contra a Amazonas Energia, um total de 772, também é consequência dos cortes de fornecimento de energia realizados pela concessionária, em descumprimento à liminar da Justiça que obrigou a empresa a cumprir as leis estaduais que proíbem a interrupção de serviços públicos durante a pandemia no Estado.
“Somada às reclamações corriqueiras de cobrança abusiva e revisão de cálculo, temos os cortes indevidos do fornecimento de energia por falta de pagamento. Com isso, a empresa Amazonas Energia virou o foco das reclamações por descumprir a decisão judicial”, explicou João Luiz.
Na avaliação do parlamentar, apesar do alto número de reclamações, a direção da Amazonas Energia demonstra boa vontade em manter um relacionamento satisfatório com os clientes. “A Amazonas Energia é uma das empresas que mais fechou acordos conciliatórios durante as ações da Comissão e também nas audiências de conciliação, realizadas diariamente pela CDC/Aleam”, ressaltou o parlamentar.
Em 2020, segundo dados da CDC/Aleam, a Amazonas Energia ocupou o segundo lugar em número de acordos firmados nas audiências conciliatórias da Comissão, alcançando 80% de resolutividade, ficando atrás somente da concessionária Águas de Manaus que lidera o ranking com 100% de acordos.