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Alunos criam identidade visual gratuita para pequenos negócios durante a pandemia

Foto: Reprodução

A adaptação do ensino ao período de quarentena não apenas serviu para melhorar a prática de alunos que precisam de experiências reais como também possibilitou ajudar, de fato, quem precisa. Esse foi o resultado do trabalho de conclusão de semestre da turma do período noturno do curso de Design da Faculdade Martha Falcão, que idealizou e produziu manuais de identidade visual para artesãos em Manaus durante a pandemia de covid-19.

A última pesquisa “Transformação Digital nas MPE”, divulgada pelo Sebrae antes da pandemia, apontou que a proporção de empresas com páginas na internet mais do que dobrou nos últimos três anos e mais de 70% dos micro e pequenos empresários utilizam o WhatsApp para se comunicar com os clientes. No contexto em que praticamente todos os produtos e serviços passaram a depender dos meios digitais para sobreviverem, a marca do negócio tornou-se essencial para se destacar em meio aos concorrentes.

O apoio ao empreendedor informal do segmento de artesanato surgiu a partir da ideia da professora Sara Batista de colocar os alunos em contato com possíveis clientes para aprender a traduzir a ideia do negócio em marca, com estudo de caso de todos elementos visuais como paleta de cores, aplicação, tipologia, entre outros.

“Como os alunos não teriam como procurar os clientes por conta da quarentena, eu falei com os professores e amigos pedindo indicação pequenos negócios que ainda não tivessem identidade visual. Falei com os contatos, expliquei como se daria o projeto e aqueles que aceitaram participar tiveram os nomes sorteados para as equipes da turma. Daí em diante, os próprios alunos mantiveram o contato direto com artesãos”, explica.

Ao longo do processo, que foi desenvolvido durante as aulas, a professora foi a responsável por todo o acompanhamento e orientação.

“A experiência de estar mais diretamente no mercado é algo que eu já havia vivido, porque trabalho com logomarcas já faz um tempo, mas as ferramentas dadas na matéria me ajudaram muito a evoluir como designer”, afirma o acadêmico Caio Monteiro.

Ele aponta ferramentas ligadas principalmente à área de criação como a Matriz Morfológica, técnica que amplia as possibilidades de combinações e recombinações de um trabalho criativo. “Muitas vezes eu ficava ‘travado’ em algumas ‘logos’ pela falta de ‘criatividade’, então ter esse conhecimento me ajudou muito. Fora isso, vi que a organização de um manual de identidade visual se mostrou menos complexa do que eu acreditava antes”, afirmou.

“A professora ajudou a dissecar as necessidades de um manual e o que necessariamente a gente precisa buscar colocar no documento para que fique completo e organizado. Isso foi muito útil, porque se mostrou muito mais fácil e simples”, completou.

Ao final do trabalho, os alunos entregaram o manual de identidade visual para os clientes em um documento detalhado explicando os conceitos adotados e estilos que inspiraram o design da logo, com as diretrizes para uso. A aprovação ou não da criação também foi outra vivência importante. “Tivemos algumas propostas aprovadas e duas não aprovadas, o que foi bem interessante para os alunos terem essa experiência mais real”, explica a professora Sara Batista.

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