Manaus, sábado 13 de dezembro de 2025
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Alerta: Fiocruz confirma primeiros casos humanos de encefalite equina venezuelana no Amazonas

Imagem gerada por Inteligência Artificial

*Da Redação do Dia a Dia Notícia 

Três pessoas (dois homens e uma mulher) foram diagnosticadas com encefalite equina venezuelana, pela primeira vez, na cidade de Tabatinga, no Alto Rio Solimões, na região da tríplice fronteira com a Colômbia e o Peru, no interior do Amazonas, em 2025. A informação foi confirmada, nessa terça-feira (26/08), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A entidade divulgou que o monitoramento dos casos é realizado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A descoberta foi feita a partir da detecção do material genético do vírus da doença pela equipe do estudo FrontFever, e divulgado para a comunidade científica neste mês.

Segundo o virologista Felipe Gomes Naveca, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), os casos foram identificados com a tecnologia de PCR em tempo real, desenvolvida na Fiocruz, seguida da confirmação por sequenciamento genético.

“Nossos achados identificam o vírus como uma causa sub diagnosticada de doença febril aguda na Amazônia brasileira”, explica.

De acordo com a Fiocruz, a informação sobre a detecção dos casos foi divulgada às autoridades de saúde em 31 de julho, sendo posteriormente emitido um alerta de risco pelas autoridades do município de Tabatinga. No último dia 14, durante o II Encontro da Rede Genômica da Fiocruz, o virologista citou a descoberta dos casos para reforçar a importância da vigilância genômica no enfrentamento de arbovírus e de outros vírus emergentes, reemergentes, ou negligenciados, que podem surgir especialmente nas regiões como a Amazônia.

Doença viral

A encefalite equina venezuelana, segundo o especialista, é uma doença viral causada por um alphavirus transmitido por mosquitos que afeta humanos e equinos.

A doença, que gera uma inflamação do cérebro, pode deixar sequelas variadas, dependendo da gravidade da infecção e da área afetada. De acordo com a Fiocruz, as sequelas podem ser motoras, cognitivas, comportamentais e emocionais, afetando a qualidade de vida do indivíduo. “No entanto, felizmente, a maior parte dos casos transcorre como uma doença febril sem consequências graves”, frisa o especialista.

Felipe Gomes Naveca, que é chefe do Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), integra a Rede Genômica da Fundação, que foi criada inicialmente com o objetivo de liderar as pesquisas para decodificar o genoma do Sars-CoV-2, causador da Covid-19.

A rede tem a missão de gerar mais dados sobre o comportamento dos vírus para um melhor preparo do país no enfrentamento da pandemia em prol de diagnósticos precisos e produção de vacinas.

 

 

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