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Advogado de Mouhamad Moustafá é alvo de operação da PF que apura venda de sentenças no Distrito Federal

*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia

O advogado Ravik de Barros Bello Ribeiro e seu pai, o desembargador federal Cândido Ribeiro, foram alvos da Operação Habeas Pater nesta terça-feira (14/3). A investigação deflagrada pela Polícia Federal apura suposta venda de sentenças praticada por Cândido em favor de traficantes internacionais de drogas. Ravik é notoriamente conhecido no estado do Amazonas por defender o médico Mouhamad Moustafá, investigado por desvios na área da saúde pela Operação Maus Caminhos.

Os dois são naturais de São Luís, capital do Maranhão. Cândido Ribeiro foi nomeado juiz do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília, no ano de 1996 “após ter sido indicado, em lista tríplice, por merecimento. O desembargador atuou como presidente do tribunal entre 2014 e 2016. Ravik, por sua vez, é sócio de um escritório de advocacia na capital e possui inscrições ativas no DF, Rio de Janeiro e Maranhão.

A operação deflagrada nesta terça-feira busca combater possíveis crimes de corrupção ativa e passiva. A PF cumpriu dez mandados de prisão ao longo do dia, cinco temporárias e cinco preventivas, além de 35 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Maranhão. Os mandados foram autorizados pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“De acordo com o que já foi apurado nos procedimentos em curso, apenas em criptomoedas, as empresas envolvidas no esquema teriam movimentado valores que superam os R$ 60 milhões”, disse a Procuradoria-Geral da República (PGR), que conduz a investigação.

A Polícia Federal afirma que, em caso de condenação, Cândido Ribeiro e Ravik Ribeiro podem pegar 12 anos de prisão cada.

Desdobramento

A Habeas Pater é um desdobramento da operação Flight Level 2, também deflagrada nesta terça-feira. Segundo a PF, Cândido e Ravik são suspeitos de fazer parte de uma célula de uma organização criminosa muito maior especializada no tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.

O nome da operação vem do fato de o alvo ser uma empresa de táxi aéreo de Belo Horizonte, suspeita de atuar no envio de entorpecentes para o exterior. Os suspeitos envolvidos podem responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas chegam a 38 anos de prisão.

Respostas

O gabinete do desembargador Cândido Ribeiro afirmou a diversos veículos de mídia que a operação corre em segredo de Justiça e que não daria declarações sobre a investigação. O TRF-1 também não se manifestou.

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