*Da Redação Dia a Dia Notícia
A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) divulgou Informe Epidemiológico de Arboviroses com atualização de casos de dengue, zika, chikungunya, oropouche e mayaro na segunda-feira (5). Dados coletados de 28 de janeiro a 3 de fevereiro apontam que Manaus registrou uma morte por febre oropouche.
Segundo a Semsa, um adolescente de 15 anos teve infecção simultânea, chamada de coinfecção, com diagnóstico de oropouche e Covid-19.
Até o dia 3 de fevereiro, a capital contabilizou 672 casos confirmados da doença em 2024.
O novo informe traz 11 casos de dengue, confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos, e um óbito em razão da doença, de uma criança de 2 anos de idade, ocorrido no dia 25 de dezembro e confirmado na última semana. Outros 393 casos suspeitos foram notificados, estando 2.012 hoje em investigação. Três óbitos estão ainda sendo investigados.
Conforme a publicação, estão em investigação 12 casos suspeitos de zika, que não teve novos casos notificados ou confirmados no período avaliado. De chikungunya, foram notificados sete casos e outros 30 estão em investigação. Não há novos casos confirmados da doença.
Neste ano, até o dia 3 de fevereiro, o informe contabiliza 820 casos de dengue, confirmados por critérios laboratoriais, clínicos e/ou clínico-epidemiológicos; dois de zika; e 672 de oropouche. Não há registro de casos confirmados de chikungunya ou mayaro no período.
Coinfecção
A gerente de Vigilância Epidemiológica da Semsa, Viviana Almeida, aponta a ocorrência de casos graves por coinfecção de arboviroses e de outras doenças sazonais, como a Covid-19 e a malária. Foi o caso de um dos óbitos confirmados, ela assinala, que teve diagnóstico de oropouche e Covid-19.
“A coinfecção de arboviroses e outras doenças traz um risco maior de agravamento da saúde, em especial para populações como crianças, idosos, pessoas com comorbidades e gestantes”, relata a gerente.
Conforme Viviana, a Semsa está reforçando as ações de detecção e monitoramento, por meio de nota técnica orientando os profissionais da rede básica quanto à solicitação de exames em caos suspeitos, bem como a intensificar as orientações à população para as medidas de proteção individual e eliminação dos criadouros domésticos dos mosquitos transmissores.
Viviana alerta ainda para os cuidados de prevenção entre gestantes, em razão da circulação do zika vírus, que teve dois casos confirmados neste ano em mulheres grávidas. “Apesar de não ser um número elevado, requer atenção, pois a infecção por zika durante a gravidez pode resultar em sequelas no desenvolvimento neurológico do feto”.
Prevenção e controle
A Semsa prossegue com a intensificação das medidas de prevenção e controle das arboviroses, que são realizadas ao longo de todo o ano, de forma permanente, e reforçadas no período de chuvas na região, nos meses de novembro a abril.
“Com o calor e a água das chuvas, os mosquitos vetores de arbovírus proliferam com maior intensidade, e a replicação do vírus nos insetos ocorre de forma mais rápida. Por isso, a principal forma de prevenção é a eliminação dos focos de água parada, que servem de criadouros”, aponta Viviana Almeida.
A gerente de Vigilância Epidemiológica reafirma o papel essencial da população na identificação e na eliminação dos potenciais focos de proliferação nos quintais e no interior das residências, e alerta ainda para medidas auxiliares de prevenção, como utilizar repelentes, vestir roupas que reduzam a exposição da pele e evitar atividades ao ar livre em áreas de infestação por mosquitos.