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Adail Pinheiro é empossado prefeito de Coari (AM), mas pode perder o cargo por decisão judicial

*Da Redação Dia a Dia Notícia

Nessa quarta-feira (1º), Adail Pinheiro (Republicanos) e seu vice, Emanoel Pinheiro (União Brasil), tomaram posse como prefeito e vice-prefeito de Coari. A cerimônia foi conduzida pela presidente da Câmara Municipal, Jeany Pinheiro. Adail Pinheiro, reeleito para o cargo pela quarta vez em 6 de outubro com mais de 20 mil votos, enfrenta incertezas quanto a sua permanência devido a pendências judiciais. O ex-prefeito possui um histórico criminal, incluindo duas condenações por crimes graves, sendo a primeira relacionada à exploração sexual de crianças e adolescentes, com uma pena de 11 anos e 10 meses, que não chegou a ser cumprida.

Adail Pinheiro foi diplomado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) no último dia 13 de dezembro, mas sua elegibilidade ainda enfrenta questionamentos judiciais. A base legal que permitiu sua candidatura às eleições de 2024 consiste em liminares que suspenderam temporariamente sua inelegibilidade. Essas decisões, entretanto, não anularam suas condenações anteriores, o que deixa aberta a possibilidade de revisão judicial e até mesmo a anulação do mandato.

A advogada especialista em direito eleitoral, Denise Coelho, aponta que a situação jurídica de Adail ainda é complexa. Segundo ela, o julgamento do mérito da liminar que suspendeu sua inelegibilidade é um ponto crucial que pode determinar se ele permanecerá no cargo ou se haverá novas eleições em Coari.

“Caso a liminar seja revertida, o registro de candidatura de Adail poderá ser invalidado, levando à cassação do diploma. Além disso, o Ministério Público Eleitoral e adversários políticos têm a possibilidade de acionar a Justiça para pedir a revisão de sua elegibilidade”, explicou a especialista.

Não é a primeira vez que o nome de Adail Pinheiro está associado a controvérsias legais. Ele possui um histórico judicial que inclui duas condenações por crimes graves. A primeira, relacionada à exploração sexual de crianças e adolescentes, resultou em uma pena de 11 anos e 10 meses de prisão, que não chegou a ser cumprida. Já a segunda condenação, no âmbito da Operação Vorax, somou 57 anos e 5 meses de prisão por fraudes em licitações e desvio de recursos públicos.

A posse de Adail Pinheiro dividiu opiniões entre os moradores de Coari. Enquanto seus apoiadores celebraram o evento com entusiasmo, argumentando que ele merece uma nova chance, opositores criticaram a situação como um retrocesso para a cidade.

O destino político de Adail Pinheiro será decidido nos próximos meses, com a expectativa de novos desdobramentos nos tribunais. Enquanto isso, a população de Coari segue apreensiva, aguardando por definições que podem mudar o rumo da gestão municipal. Independentemente do desfecho, o caso de Adail Pinheiro já se tornou um marco na história política do Amazonas, levantando questionamentos sobre a eficiência do sistema eleitoral e judiciário brasileiro

 

 

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