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Ação reivindica distribuição de máscaras contra efeitos da fumaça em Manaus

Especialistas recomendam o uso de máscaras do tipo N95 e PFF2 para reduzir a inalação de partículas finas e gases tóxicos

*Da Redação do Dia a Dia Notícia

Monumento símbolo da atual gestão municipal, esculturas de animais amazônicos ganharam máscaras de proteção contra as fumaças que atingem a capital amazonense durante uma ação realizada por ativistas e movimentos sociais na noite de sexta-feira (27), no Parque Gigantes da Floresta e na Praça Barcelona, na zona leste de Manaus.

A ação tem como objetivo chamar atenção do poder público para ações de mitigação dos efeitos da fumaça provocada por queimadas entre os moradores de Manaus, em especial a distribuição de máscaras N95 e PFF2, que são os modelos indicados para barrar as pequenas partículas e os gases tóxicos.

“A mensagem que queremos passar é que a fumaça também é um problema de saúde pública. A responsabilidade de frear as queimadas pode não estar no colo de David Almeida, mas, como gestor de uma das maiores capitais da Amazônia, ele pode distribuir máscaras para que as pessoas se protejam e evitem problemas de saúde a longo prazo”, explica Mel Angeles, mobilizadora da rede Minha Manaus.

Inaugurada em julho de 2024, a primeira etapa do Parque é uma das principais obras entregues pelo prefeito David Almeida (Avante), candidato à reeleição. O espaço conta com mais de 80 esculturas de animais da fauna amazônica produzidas pelo artista Rossy Amoedo, com um custo de R$ 35,8 milhões aos cofres municipais.

“Escolhemos o Parque Gigantes da Floresta pois é um espaço simbólico para o atual prefeito e acreditamos que levar o tema da fumaça para um lugar que ele tanto preza pode fazer com que ele dê atenção ao nosso pedido”, acrescenta.

Qualidade do ar deixa a desejar

A densa camada de fumaça que tem encoberto a capital nas últimas semanas é resultado direto do aumento das queimadas no período de seca, comprometendo a qualidade do ar e a visibilidade na cidade. O Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), frequentemente registra a qualidade do ar variando entre ‘ruim’ e ‘muito ruim’ nas estações de monitoramento de Manaus.

O Ministério da Saúde orienta que pessoas em áreas afetadas pela fumaça das queimadas tomem precauções como:
– evitar sair de casa ou praticar exercícios ao ar livre para diminuir a exposição;
– manter portas e janelas fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas;
– usar máscara de proteção do tipo N95 ou PFF2 para reduzir a inalação de partículas finas;
– ingerir bastante água e fazer lavagem das narinas para manter as membranas respiratórias úmidas.

As recomendações devem ser seguidas por toda a população e a atenção deve ser redobrada em crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes.

Além da ação, o grupo pressiona a prefeitura de Manaus com a campanha Manaus Sem Fumaça, que permite aos cidadãos enviarem e-mails cobrando a adoção de medidas de mitigação dos efeitos da fumaça ao gabinete do prefeito David Almeida. Para pressionar, basta se cadastrar no site https://manaussemfumaca.org/

 

A campanha é uma realização conjunta das organizações Minha Manaus, Amazônia de Pé, Associação de Advocacia Popular do Amazonas – Esperança Garcia, Puxirum do Bem Viver, Movimento Buritis, Associação Intercultural de Hip Hop Urbanos da Amazônia (Aihhuam), Grupo de Voluntários do Greenpeace, Líderes da Realidade Climática AM e Abaré Escola de Jornalismo.

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