*Lucas dos Santos – Da Redação Dia a Dia Notícia
O processo que acusa o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) da prática de rachadinha está perto de prescrever. Nesta sexta-feira (2/12), a acusação será arquivada após onze anos tramitando no Supremo Tribunal Federal. O parlamentar estava a um voto de ser condenado quando o ministro André Mendonça, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu vistas e suspendeu o julgamento.
Na sessão do dia 10 de novembro, cinco ministros da suprema corte votaram pela condenação de Silas Câmara: Luís Roberto Barroso, relator do processo; Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Rosa Weber, atual presidente do tribunal. O ministro Nunes Marques, outro indicado por Bolsonaro, votou contra a condenação alegando insuficiência de provas.
O julgamento foi interrompido após André Mendonça pedir vistas, sendo acompanhado pelo ministro Dias Toffoli. Mendonça era o nome considerado “terrivelmente evangélico” por Bolsonaro. Sua indicação foi fruto de uma articulação política da primeira-dama Michelle Bolsonaro, próxima de setores conservadores da ala evangélica. O próprio Silas Câmara participou da articulação que alçou o então ministro da Justiça ao STF.
Durante um culto na Assembleia de Deus, André Mendonça agradeceu o deputado por ter sido “essencial durante a minha caminhada, previamente à indicação e pós-indicação até a sabatina”.
“O pastor e deputado federal Silas Câmara foi um ombro amigo que Deus enviou através de vocês para que eu pudesse chegar aonde eu cheguei. Então meu muito obrigado, deputado pastor Silas Câmara”, afirmou Mendonça.