Depois de uma confusão generalizada no prédio do Centro Universitário Alfredo Nasser (Unifan), na região metropolitana de Goiânia, o local passou por perícia da Polícia Técnico-Científica na manhã deste sábado (9). Na tarde de sexta-feira, o reitor da instituição e deputado federal por Goiás, professor Alcides (PP), chamou uma mulher de “puta” durante uma discussão.
O barraco envolvendo o diretor e uma mulher, que era mãe de um aluno, terminou com troca de agressões. O caso foi registrado na Polícia Civil, que iniciou uma investigação sobre as circunstâncias da confusão.
As imagens registradas nos corredores da Unifan mostram a discussão entre o deputado e mães de alunos, que questionaram sobre acordos feitos na instituição. No vídeo, é possível ouvir quando o deputado se exalta e manda a mulher buscar a solução para o problema na delegacia.
Em seguida, o parlamentar chama a mulher de “puta” e começa uma sequência de agressões envolvendo os seguranças. Em dado momento, é possível ouvir o barulho de uma explosão, que parece ser um disparo de arma de fogo.
Segundo a Polícia Civil, a corporação acompanhou o trabalho da perícia. Ainda na sexta-feira, o local foi isolado para o início da investigação.
Insatisfação com as regras
Por meio de nota, publicada nas redes sociais, a reitoria da Unifan declarou que lamenta o fato ocorrido no pátio da instituição. De acordo com o comunicado, a confusão tem “nuances de armação para expor a imagem do reitor, um deputado federal influente em Goiás”.
Ainda de acordo com a nota, o vídeo que circula nas redes sociais “foi editado de forma seletiva e maldosa antes de sua divulgação”.
Carreira
O deputado federal tem currículo extenso na política. Já foi vereador por dois mandatos em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana de Goiânia, e disputou a prefeitura da cidade por duas vezes (1996 e 2016).
No mundo acadêmico, Alcides tem formação em economia e administração de empresas, ostenta 16 pós-graduações e é mestre em administração pública.
O parlamentar também teve pedido de mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), em agosto deste ano, por captação e gastos ilícitos para fins eleitorais em relação à campanha de 2018, quando foi o nono candidato mais votado em Goiás, com 88.545 votos.
À época, ao Metrópoles, o advogado do deputado Professor Alcides, Wallace Braz, afirmou que a decisão é um acórdão do TRE-GO, instância originária do processo e, que, portanto, não é terminativo. A equipe recorreu e ele continua em exercício.