A advogada Bruna Morato, representante legal de 12 médicos que fizeram denúncias contra a Prevent Senior, reafirmou hoje, em depoimento à CPI da Covid, que a operadora de saúde implementou uma política interna de “coerção”, e que os profissionais de saúde acabaram receitando o chamado “kit covid” por medo de sofrerem retaliações, inclusive demissão.
A depoente disse também que a Prevent Senior e pessoas que integravam o chamado gabinete paralelo fizeram um “pacto” pró-hidroxicloroquina para evitar o estabelecimento de medidas de restrição social pelo país na pandemia.
Ainda, Bruna afirmou que teve o seu escritório invadido, em São Paulo, em uma situação definida por ela como “muito estranha”. Um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil.
“A Prevent Senior tem uma política de coerção, que ficou bem evidente após a denúncia, na verdade, mais evidente ainda com o vazamento de alguns áudios. Todos os clientes que resistiam foram demitidos da operadora, então existiam aqueles que já tinham sido demitidos e que achavam aquela situação repugnante. Outros que ainda estavam na operadora ainda lutam pelo bem-estar dos pacientes. Então, quando eles me procuraram, eles pediram que eu nem os identificasse para o próprio jurídico da empresa, porque eles sabiam que, se fossem identificados, eles seriam demitidos. E volto a dizer: são bons médicos”, disse Bruna Morato, advogada.
*Com informações da Uol