Em Parintins, três pessoas da mesma família que estavam internadas no Hospital Jofre Cohen, com sintomas de rabdomiólise, receberam alta médica na manhã dessa quarta-feira (6).
De acordo com coordenadora de Vigilância em Saúde, Elaine Pires, apesar de receberam alta, os pacientes deverão passar por reavaliação e serem monitorados. Os três membros da família são moradores da comunidade São Marcos, situada no lago da Esperança, região do Caburi.
Os casos da doença foram confirmados no dia 30 de agosto pela Coordenadoria de Vigilância em Saúde e pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), e notificados após os indivíduos sentirem alguns sintomas como fraqueza generalizada, dor no estômago e nas costas, após 6 horas do consumo do peixe da espécie tambaqui.
Elaine Pires afirmou ainda em entrevista ao programa Glauber Gonçalves, da Rádio Clube FM 100,7, que teria a suspeita de um quarto membro da família que pudesse estar contaminado, mas que ele teria se recusado a fazer os exames.
“O quarto membro da família se recusou a vir ao município. A equipe inclusive foi à localidade tanto para fazer a investigação epidemiológica como para tentar convencê-lo a vir para avaliação médica, mas ele se recusou e também não procurou atendimento médico. Então acreditamos que não tenha tido nenhuma gravidade em relação ao aparecimento de sintomas. A equipe da Secretaria de Saúde com a Vigilância, Secretaria de Produção e Conselho Municipal de Saúde foram até a localidade, fizemos coleta de amostras da água para análise laboratorial assim como da espécie do tambaqui”, disse.
Até o momento, apenas essas três pessoas sentiram sintomas da doença em Parintins. A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) emitiu uma notificação de alerta somente para o município de Itacoatiara com a suspensão do consumo das espécies tambaqui, pacu e pirapitinga; e segue investigando os casos em outros municípios.
Rabdomiólise
A rabdomiólise é uma síndrome clínico-laboratorial, conhecida desde a década de 1920. A infecção ocorre por meio da ingestão de uma toxina encontrada em peixes e crustáceos que causa lesões nos músculos e pode atingir seriamente os rins.
Sintomas
Pouco se sabe sobre a doença, mas pacientes relataram sentir incômodos, dores musculares poucas horas após o consumo de peixes ou crustáceos, dor no peito, falta de ar, sensação de dormência, náusea, tontura e fraqueza, e a urina escurecida semelhante a cor do café.
Os casos de rabdomiólise registrados no Amazonas estão associados à doença de Haff, conhecida como ‘doença da urina preta’, nome dado devido ao aparecimento de uma urina escura na pessoa infectada que se dá por causa da insuficiência renal causada pela doença.
*Com informações de Parintins 24 Horas