Assegurando as medidas sanitárias em mais um evento cultural, o Governo do Amazonas iniciou, nessa terça-feira (17), a realização de testes de Covid-19 em grupos artísticos e profissionais envolvidos na Live Folclórica 2021. Seguindo os protocolos de segurança e prevenção, o evento acontece entre os dias 18 e 22 de agosto e reunirá cerca de 2.600 participantes na Arena Amadeu Teixeira.
Com o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), os exames do tipo antígeno serão realizados em toda a equipe responsável pela organização da live, além de brincantes e músicos que participarão do festival. Ao todo, 67 grupos da categoria Ouro serão apresentados em cinco dias. A Live Folclórica será transmitida pelas redes sociais (culturadoam) e pela TV Encontro das Águas.
O gerente de Doenças Transmissíveis da FVS-RCP, Alexsandro Melo, explica que os participantes que passarão pelo exame tiveram os nomes enviados pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa. A ideia é criar um sistema de triagem levando em conta o status vacinal para em seguida a aplicação do teste antígeno. Somente após a segunda etapa e o resultado negativo do teste será liberada uma pulseira de acesso ao evento.
“Nosso objetivo maior é evitar a disseminação da doença, evitar que as pessoas adoeçam e para isso vamos testar todo mundo, ver a questão da situação vacinal e estar monitorando também pós-evento, ver se alguma coisa escapou do controle e a gente possa ter casos secundários, que a gente costuma dizer”, disse ele.
Mudanças
O secretário Marcos Apolo Muniz, destaca que o evento é uma mostra não competitiva e foi adequado às normas de segurança, e por conta disso não será aberto ao público em geral, a exemplo da Live Parintins 2021.
Entre as alterações para a Live Folclórica 2021, ele destaca a redução na quantidade de componentes dos grupos artísticos, além de uma estrutura diferenciada para a chegada e saída dos dançarinos a fim de evitar qualquer tipo de aglomeração. Para o secretário, o evento é mais uma iniciativa do Governo do Amazonas que trabalha a retomada da cultura popular.
“É um espetáculo que a gente acredita que vai ter uma boa reputação, uma boa audiência, com transmissão ao vivo pelas redes sociais e também pela TV Encontro das Águas; e certamente, como não houve no ano passado, temos essa expectativa de que as pessoas estão nessa ansiedade de verem os seus grupos, fazerem suas torcidas, mesmo não sendo competitivo, e assim já se preparar para o ano que vem, que certamente será um grande festival”, afirmou.
Expectativa
Integrante da equipe de apoio para a live, o ‘streamer’ Caio Alexandre, 21, destaca a importância da testagem para quem está escalado nos cinco dias de festival. Empolgado com o início da transmissão, ele afirma que toda a segurança é necessária.
“São 14 grupos por dia, alguns dias vão ser 13. A gente vê o cuidado que os organizadores do evento estão tendo com os protocolos, sempre entra por um local e sai por outro. A gente se sente acolhido para trabalhar e produzir a cultura para o estado”, disse.
Coreógrafa e dançarina do Grupo Internacional Gald, Maise Ribeiro, 53, apresenta-se no primeiro dia da live. Ela também reforçou a importância das testagens para os artistas.
“Primeiramente a importância maior é podermos estar dançando esse ano, já que ano passado não houve. E o meu grupo, em especial, subiu para a categoria Ouro, então nós estávamos muito entristecidos por não ter atividade nenhuma. Retornar aos palcos saindo dessa quarentena de quase dois anos sem dança, isso é um refrigério na alma, com certeza”, destacou.
Transmissão
O horário do evento será das 19h30 à 00h, entre os dias 18 e 20, e das 19h às 23h, nos dias 21 e 22. A transmissão será realizada no YouTube (Cultura do AM) e Facebook (@culturadoam) da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, e da TV Encontro das Águas (@tvencontrodasaguass), todos os dias. No fim de semana em que se encerra o evento, a transmissão será também pela TV Encontro das Águas.
Ao todo, serão 67 grupos da Categoria Ouro, sendo 62 grupos de dança, quadrilhas, tribos e cangaços; e seis Bois-Bumbás, Master A e Master B. Cada grupo poderá ter até 30 participantes (brincantes, coordenação, músicos), sendo o mínimo de oito pares de brincantes e o máximo de 12.