A ginasta Rebeca Andrade conquistou neste domingo (1º) a primeira medalha de ouro na ginástica artística para o Brasil, nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Ela venceu no salto e alcançou o lugar mais alto no pódio.
É a segunda medalha de Rebeca Andrade nos Jogos de Tóquio. Ela já havia conquistado a prata no individual geral.
A paulista Rebeca Andrade, de 22 anos, com essas duas conquistas, é a primeira brasileira na ginástica artística a conquistar o ouro e a prata em uma mesma edição dos Jogos Olímpicos.
A competição contou com a desistência da ginasta Simone Biles, americana favorita à medalha de ouro e que havia feito a melhor nota até então. Rebeca tinha com maior rival a ginasta americana Jade Carey, além de outras ginastas que poderiam surpreender.
Mas conquistou a melhor nota e entrou na história do esporte brasileiro. Com o resultado, a atleta soma um ouro e uma prata em uma edição de Jogos, algo sem precedente na história do esporte brasileiro para uma atleta individual.
E não para por aí. Rebeca ainda tem a possibilidade de ganhar mais uma medalha para o Brasil. Nesta segunda-feira, ela também disputa a final na categoria solo. Nesta modalidade, Simone Biles também desistiu de disputar a prova.
Veja as notas (médias) das ginastas:
- Mykaila Skinner (EUA) – 14.916 🥈
- Alexa Moreno (MEX) – 14.716
- Rebeca Andrade (BRA) – 15.083 – 🥇
- Jade Carey (EUA) – 12.416
- Seojeong Yeo (COR) – 17.733 🥉
- Shallon Olsen (CAN) – 14.550
- Angelina Melnikova (RUS) – 14.683
- L. Akhaimova (RUS) – 14.666
História de superação
O sucesso poderia até ter chegado um pouco antes não fossem as lesões na carreira da atleta. Só para se ter uma ideia, ela já foi submetida a três cirurgias para reparar o ligamento cruzado anterior no joelho direito. “Eu cheguei a pensar em desistir, mas as pessoas sempre me incentivaram a continuar”, disse.
A história da ginasta de Guarulhos é de superação. A primeira delas é por se manter no esporte mesmo diante de todas as dificuldades na vida, como falta de dinheiro até para se locomover ao ginásio onde treinava. De família humilde, foi uma lutadora desde o começo, quando iniciou aos 4 anos na modalidade
Com força, talento e explosão, ela tem chamado atenção dos especialistas da modalidade e inclusive recebeu elogios da lenda Nadia Comaneci após ser prata no individual geral. Com a ausência de Simone Biles, que tem evitado competir para cuidar de sua saúde mental, Rebeca está nos holofotes da modalidade e já acumula dois pódios em Tóquio.
*Com informações do Comitê Olímpico Brasileiro e Agência Brasil