Apesar da falsa sensação entre os brasileiros de que a pandemia já está sob controle, a propagação da variante Delta no país preocupa a comunidade científica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera que a cepa que surgiu na Índia pode ser dominante no Brasil.
O alerta foi feito por Jairo Mendez Rico, assessor regional em Enfermidades Virais da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e da OMS, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
“A variante Delta mostrou ter uma capacidade de transmissão maior em comparação com outras variantes preocupantes, como a alpha ou a gama; mas até o momento não existem evidências que permitam inferir um comportamento mais agressivo ou severo dessa variante. Claro que, se o número de casos aumenta, também aumenta a proporção daqueles que podem ser graves ou exigir internação hospitalar”, afirmou Rico.
Segundo um documento do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), dos EUA, a infecção causada por essa cepa produz uma quantidade de coronavírus nas vias aéreas dez vezes maior do que a observada em pessoas infectadas com a variante Alfa, que também é altamente contagiosa.
A quantidade de vírus em uma pessoa infectada com Delta chega a ser mil vezes maior do que a observada em pessoas infectadas com a versão original do coronavírus, descoberta no início da pandemia na China.
Quais cuidados tomar contra a variante Delta?
A vacinação é uma arma poderosa contra essa e todas as outras variantes do vírus. Todos os imunizantes aprovados no Brasil fornecem proteção contra a variante Delta. Eles são capazes de reduzir o risco de doenças graves que podem levar à hospitalização e à morte.
Apesar de conferirem uma boa proteção contra a cepa, nenhuma das vacinas oferece 100% de proteção contra a infecção por coronavírus. Por isso, os demais cuidados que já existiam antes do surgimento das vacinas devem permanecer. Além do uso de máscaras de boa qualidade, como as PFF2 e da higiene das mãos, é preciso evitar aglomerações.
Via Catraca Livre