A vacinação de gestantes e puérperas com o imunizante da AstraZeneca está suspensa no Brasil desde que uma gestante morreu após tomar a vacina desse laboratório. Por isso, as mulheres nessas condições que receberam essa vacina na primeira dose estão sendo orientadas a tomarem, na segunda dose, o imunizante da Pfizer, preferencialmente, ou a CoronaVac.
A recomendação foi feita nessa segunda-feira pela secretaria extraordinária de enfrentamento à covid-19, do Ministério da Saúde, Rosana Leite. Ela ressaltou, no entanto, que a possibilidade de tomar um imunizante diferente na segunda dose é uma exceção à regra.
A secretária Rosana Leite também reforçou o pedido do Ministério da Saúde para que as pessoas não tomem uma terceira dose da vacina. Ela orientou a população para que aguarde o calendário de imunização do ano que vem.
“Inclusive, nós estamos planejando a vacinação do próximo ano. Isso será motivo de um fórum para nós debatermos amplamente – não só com a sociedade brasileira, mas também com a sociedade internacional, quais serão os esquemas principalmente para o próximo ano. Então, nesse momento, não é recomendável terceira dose de nenhum imunizante”, detalhou Rosana.
A secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19 destacou, ainda, que o Ministério da Saúde está preocupado com a variante Delta do vírus. Já são 169 casos confirmados no Brasil até esta segunda-feira. Por isso, o governo a avalia a possibilidade de reduzir o tempo entre as duas doses da vacina da Pfizer, que hoje é de noventa dias. A chegada de novas remessas desse imunizante pode ser favorável a essa redução. Rosane Leite afirmou que o Ministério da Saúde deve ter uma definição sobre o assunto até o final desta semana.