No Brasil, as vacinas utilizadas no Plano Nacional de Imunização (PNI) são a Coronavac, AstraZeneca e a Pfizer. Cada uma delas foi desenvolvida por meio de uma tecnologia diferente e testadas em regiões e grupos distintos. Apesar dessas diferenças, todas tiveram sua eficácia comprovada cientificamente em relação às variantes do novo coronavírus e foram aprovadas pela análise criteriosa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O Dia a Dia Notícia fez uma pesquisa sobre cada uma delas, confira as características desses imunizantes:
Coronavac/Butantan
A vacina foi desenvolvida pelo laboratório Sinovac que firmou uma pareceria com o Instituo Butantan no Brasil para a produção e teste do imunizante. A tecnologia empregada foi a do vírus inativo (morto), na qual o Sars-CoV-2 é cultivado em laboratório e em seguida é submetido por substâncias que impedem a replicação do vírus como calor ou produtos químico. Ao entrar no organismo o imunizante induz uma reposta do corpo que inicia a produção de anticorpos. Os estudos da Coronavac foram feitos exclusivamente com pessoas que trabalham na área da saúde.
Eficácia
Ao ser aplicado no organismo humano, o corpo inicia a produção de anticorpos contra a Covid-19. Para casos sintomáticos a eficácia é de 50,7%, podendo chegar a 62,3% se a segunda dose for tomada em um intervalo maior que 21 dias após a aplicação da primeira. De acordo com o Instituto Butantan, se uma pessoa for infectada pelo novo coronavírus o imunizante fornece uma proteção que chega a 100% para casos graves e 78% de eficácia contra casos leves.
Efeitos colaterais
Os efeitos que normalmente aparecem são febre, fadiga, dor de cabeça e dor na região da injeção. Ainda não foram notificados efeitos colaterais graves.
Oxford/AstraZeneca
A farmacêutica AstraZeneca, em parceria com a universidade de Oxford, utilizou a tecnologia do vetor viral. Com isso, é usado o adenovírus, um “vírus vivo” que não consegue se replicar no corpo humano e que foi modificado por meio da engenharia genética para carregar as instruções para a produção da proteína “Spike” ou espícula, presente no coronavírus.
Entrando nas células, o adenovírus provoca um estimulo para que elas passem a produzir a proteína Spike que será detectada pelo sistema imunológico que irá preparar o combate contra uma infecção. No Brasil, o imunizante é produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Eficácia
Segundo os estudos clínicos realizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacina da Oxford/Astrazeneca obteve 64,2% de eficácia contra o novo coronavírus no país. A farmacêutica informou que para a prevenção de casos sintomáticos da Covid-19 a eficácia da vacina chega a 79% e para os casos graves a proteção é de 100%.
Efeitos Colaterais
Os principais efeitos colaterais são febre, dores de cabeça e musculares. Também pode ocorrer indisposição que é transitória e desaparece em até 2 dias.
Pfizer/BioNTech
Em parceria com o laboratório BioNTech, a farmacêutica Pfizer utilizou a tecnologia de RNA mensageiro para o desenvolvimento do imunizante. Diferente de outras vacinas contra a Covid-19, a da Pfizer/BioNTech não se baseia em um vírus para carregar o material genético, mas sim por meio de outros transportadores como o lipossomos. Ao entrar no corpo, o RNA mensageiro fornece as informações para a produção de proteínas encontradas no coronavírus, ao organismo. As células humanas serão revestidas por essas proteínas que estimulam a resposta imune.
Eficácia
A farmacêutica Pfizer informou que a eficácia da vacina pode chegar a 95%, após o terceiro teste final concluído. Também previne 100% dos casos graves. De acordo com um estudo do periódico Jama, o imunizante reduziu as infecções assintomáticas da Covid-19 em 97% e 86% dos casos sintomáticos.
Efeitos colaterais
Algumas reações mais comuns são febre, moleza, dor no local da aplicação, alergias e outros sintomas que podem ocorrer com qualquer outra vacina.